26 de março de 2013

iShak - inovando moradias


            A migração de pessoas dos campos para as cidades atingiu um nível sem precedentes na história recente da humanidade. Mais de um terço dessas pessoas - cerca de um bilhão no total - agora vivem em favelas e assentamentos informais, muitas vezes em barracos sem acesso a saneamento básico, como potável, segurança ou fontes de energia.
            A África possui a maior taxa de urbanização, e tem a maior percentagem de residentes em assentamentos informais (62% da população urbana da África subsaariana vive em favelas). Se a tendência continuar, em 2050, haverá cerca de 1,2 bilhão de pessoas habitando as favelas da África, segundo a ONU.
            Favelas são frequentemente centros de inovação e criatividade impressionante construídas por moradores para que possam sobreviver - sistemas de eletricidade, aparelhamento de saneamento e água na ausência de uma infra-estrutura real. E essa situação se repete nas famosas favelas do Brasil. Mas há uma enorme necessidade e urgência de soluções melhores e mais sustentáveis ​​para abrigar os pobres urbanos na África, no Brasil e no mundo.
            O "iShack", a abreviação de slum housing improvements, "habitações na favela melhoradas", uma abordagem inovadora para a melhoria de favelas de habitação que está sendo testado em Enkanini, uma favela crescendo fora de Stellenbosch, África do Sul.
            Desenvolvido por um grupo de estudantes da Universidade de Stellenbosch,  na África do Sul, o iShack apresenta um painel solar para alimentar três lâmpadas, um carregador de telefone celular e um holofote ao ar livre para a segurança. O telhado é projetado para coletar água da chuva, e as janelas são colocados de forma a permitir o melhor fluxo de ar e aquecimento solar. As paredes interiores são isolados com caixas de papelão reciclado e embalagens Tetra Pak, as paredes exteriores são revestidas com retardador de fogo, pintura e piso de tijolos.
            O iShack é menos sobre ser uma habitação física completa, e mais cerca de uma série de atualizações incrementais tecnologicas que dão a moradores de favelas acesso seguro aos serviços básicos. Segundo os desenvolvedores do projeto, trabalhar na modernização de tecnologia para favelas não é fácil. Como resultado, a equipe garante que qualquer solução pode ser adaptada e usado em qualquer ambiente futuro - seja um upgrade ou retrocesso. O conceito do iShack protótipo custa cerca de 5.600 rands (aproximadamente R$1.320), excluindo o sistema de energia solar. 

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