Os líderes de empresas com exportação
do Brasil, se pudessem escolher um líder para a Venezuela, escolheriam o
herdeiro político de Chávez, Nicolas Maduro. Não que eles apoiem a arrogância
anti-capitalista de Chávez, que morreu de câncer no mês passado, longe disso. Mas
eles esperam segurar contratos lucrativos para as exportações de alimentos e
projetos de construção que ele assinou com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva e sua sucessora, Dilma Rousseff. Em entrevista para a Reuters, José
Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil
disso "No curto prazo, uma vitória de Maduro seria o melhor".
Como a economia do Brasil abrandar
para um rastreamento, a última coisa que seus empresários querem, é perder
mercados em crescimento. Durante a última década, as exportações brasileiras
para a Venezuela aumentaram 533 por cento, para cerca de US $ 5 bilhões,
tornando-se o segundo maior mercado do Brasil na América Latina depois da
Argentina, os dois principais compradores de produtos manufaturados
brasileiros. Economistas dizem que os investimentos do Brasil na Venezuela são
cerca de US $ 20 bilhões.
A Venezuela, um país produtor de
petróleo que importa 70 por cento dos seus alimentos, é agora o terceiro maior
consumidor de carne bovina do Brasil e um importante comprador de sua galinha
(esse fato se intensifica com a decisão da China de não comprar mais soja do
nosso país). Além disso, projetos de infra-estrutura lançados durante os 14
anos de governo de Chávez, são executados por empresas brasileiras, como a
Odebrecht.
Pesquisas sobre quem está na frente
da corrida presidencial na Venezuela deve aliviar os brasileiros com interesses
comerciais por lá. Uma pesquisa independente mostra Maduro, que, como
ex-ministro de Chávez, está com uma vantagem de 14,4 por cento sobre o seu
adversário, Henrique Capriles. "Muitos vêem a sua eleição como favorável à
presença do Brasil na Venezuela", disse Pedro Silva Barros, economista do
Instituto Brasil de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em Caracas, também para
a Reuters.
Mas foram os estreitos laços de
Chávez com Lula que protegeram as empresas brasileiras das nacionalizações frequentes
da Venezuela. A presença da Odebrecht é tão forte que Chávez até brincou
dizendo que ele havia tentado converter o presidente da empresa para o
socialismo. A empresa tem 8.000 funcionários na Venezuela, com nove projetos,
incluindo uma barragem na Amazônia.
Concordando ou discordando de Hugo
Chavéz, o fato é que muitos brasileiros dependem da Venezuela para ganhar seu
pão. Agora o que resta é esperar, e independente da vitória, torcer para que os
negócios do nosso país não sofram.
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