21 de fevereiro de 2013

O quarto Poder


                        Os três Poderes vigentes no Brasil, aprendemos desde pequenos – Executivo, Legislativo e Judiciário. Mas, no decorrer dos anos, tornou-se comum a denominação informal de um quarto poder. O poder da mídia. Crescemos ouvindo que os jornais (ou as mídias no geral) constroem e destroem histórias, influenciam em julgamento de criminosos, fazem com que denuncias popular sejam ouvidas. Mas, chegamos a uma época em que a informação está a apenas um clique de distancia. Não temos mais alguém selecionando as informações que chegam para nós diariamente. É a era do digital, da comunicação rápida, veloz, das redes sociais, onde uma pessoa pode causar uma comoção muito grande.
            O chamado “quarto poder” sai das mãos da mídia, dos grandes jornais e passa para as mãos do povo. Um exemplo disso foi o que aconteceu essa semana, quando ativistas de uma ONG anti-corrupção levaram ao senado uma petição com mais de 1,6 milhão de assinaturas para o impeachment do presidente do senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). A ONG também interroga o Supremo Tribunal Federal sobre o regimento interno da Casa, onde o voto para eleger o presidente do senado, é secreto, o que segundo os ativistas, sobrepõe o texto da Constituição.
            O objetivo do abaixo-assinado era reunir 1,4 milhão de assinaturas, o equivalente a 1% do eleitorado brasileiro, e com o abaixo assinado online, foram colhidas mais do que 1,6 milhão. A petição ficou disponível no site da ONG Avaaz, que também organizou um protesto contra o novo código florestal.
            Contudo, com faixas de protestos, e caixas de papelão representando as assinaturas para o impeachment, os ativistas foram proibidos de entrar no senado.
            Para Antônio Carlos Costa, em entrevista à Folha, o fundador da ONG Rio de Paz, ONG que iniciou o projeto, "Se esse grito não ecoar, que tipo de manifestação o Congresso quer que ocorra? Isso sinaliza o novo momento que vivemos em nossa democracia”. Segundo a Secretaria da Mesa Diretora do Senado, o processo de saída do presidente deve começar com uma denúncia no Conselho de Ética da Casa, e não como um projeto de lei. Na internet, a Avaaz se auto denomina " uma comunidade de mobilização online que leva a voz da sociedade civil para a política global".

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