25 de fevereiro de 2013

Como disciplinar crianças


            Uma pesquisa americana realizada por pediatras especialistas em disciplinar crianças deu uma noticia que poderá mudar o sistema de educação de escolas como conhecemos hoje. Segundo o grupo, educar crianças com suspensão ou expulsão da escola  é contraproducente e só deve ser usado em casos especiais.
            A declaração de política da Academia Americana de Pediatria (AAP) recomenda que os pediatras defendam estratégias de prevenção e alternativas para o caso. "Os dados sugerem que os alunos que estão envolvidos no sistema de justiça juvenil são susceptíveis de terem sido suspensos ou expulsos. Além disso, os estudantes que vivenciam suspensão fora da escola e expulsão têm até 10 vezes mais chances de abandonar o ensino médio do que aqueles que não o fazem ", escrevem os especialistas na revista Pediatrics, "O efeito da suspensão e expulsão no aluno pode ser profunda", acrescentam.
            A Associação Americana de Psicólogos Escolares, em declaração, diz que apoia totalmente a AAP nesse assunto. Segundo os psicólogos, essas ações não são eficazes para melhorar o comportamento em geral.
            O olhar para a criança e o adolescente vêm mudando constantemente, principalmente quando se trata de disciplina-los. As famosas palmadas corretivas, por exemplo, já foram proibidas no Brasil – apesar de não estar extinguida de fato. Para aqueles que são contra essas mudanças, que acreditam que criança precisa ter agressão – física, verbal ou moral como no caso descrito acima – para haver disciplina, vamos voltar o olhar para um tempo mais remoto, a Idade Média.
            Nesse período, eles acreditavam que crianças não tinham alma, e passavam a ser “gente” com 7 anos de idade. Nessa época, formavam-se mini adultos, já que a criança iniciava no trabalho do pai, da mãe ou de algum tutor, o conceito de infância não existia. Daremos um salto para a revolução industrial. O conceito de criança não era respeitado. Mais um salto para a década de 1920, 1930, 1940, onde alunos com mal comportamento deviam se ajoelhar em milho, ou apanhar de vara.
            Achamos absurdos esses comportamentos com a infância e adolescência. Cada passo que damos é para melhorar cidadãos, e não piora-los. Vale lembrar que o estatuto da criança e do adolescente foi instituído no Brasil no dia 13 de julho de 1990, há apenas 22 anos atrás. A criança e o adolescente precisam ser vistos com prioridade, e ter suas necessidades atendidas, seja na escola, em casa, para crescer com valores morais, e se tornar cidadãos. Vamos respeitar a infância e suas necessidades.

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