12 de novembro de 2012

Seria a paz mundial possível?


Ligamos a TV, e lá está: notícias de guerras. Abrimos o jornal: violência urbana. Será que algum dia atingiremos a paz mundial? Ou então, estaria o mundo ficando cada vez mais violento? A resposta da primeira pergunta, infelizmente, não temos. Mas em réplica à segunda, a resposta é não, pelo contrário.
            O psicólogo e cientista cognitivo Steven Pinker da Universidade de Harvard, para a BBC UK, argumenta que “Enquanto há uma abundância de violência em todo o mundo, e mais maneiras de matar uns aos outros, temos assistido a menos guerras entre os países desde 1945. E não é somente a guerra que está em baixa, as taxas de homicídio são muito menores do que eram na Idade Média, e questões como violência doméstica não são mais vistos como sendo aceitável”. As histórias da Antiguidade estão cheias de conquistas gloriosas que hoje seriam classificadas como genocídios, barbárie. A violência doméstica, contra a mulher, que hoje é tão assiduamente repudiada, virou lei – como Lei Maria da Penha – apenas em 2006. E nas décadas de 1940, 1950, 1960? Apesar do que parece, o mundo está evoluindo.
            Diante da violência, hoje, as pessoas estão escandalizadas, desconcertadas e inconformadas, o que não acontecia antigamente. Talvez por isso cada vez mais saia notícias sobre o assunto. Pinker disse também, que o ser humano está predisposto a ser violento. Contudo, ultimas pesquisas mostraram que no homem moderno, nasce uma predisposição para o pacifismo. Nasce a empatia, o colocar-se no lugar do outro. “Há algumas peças para o cérebro que nos impelem para realizar a violência, como a sede de vingança, sentimentos de tribalismo, ou a busca pelo domínio. Mas embalado para o mesmo crânio há motivos que inibem-nos de violência, como empatia e razão, que nos permitem ver a violência como um problema a ser resolvido, em vez de um concurso para ser vencida”.
            O mesmo se reflete no trato para com os animais. Hoje em dia, violência com animal é inadmissível. Ver alguém maltratando um cachorro, como foi o caso da enfermeira que matou um yorkshire, hoje causa revolta. A mulher foi perseguida, teve que mudar de casa e lutar na justiça pela guarda do filho. Ainda temos muito que caminhar, isso é claro, e com certeza a paz mundial ainda está distante. Mas, com o avanço da humanidade, quem sabe um dia?

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