17 de dezembro de 2012

Os três momentos que entrarão para a história no Brasil, em 2012


1- STF libera o aborto de anencéfalos

            Em abril desse ano, com 6 votos contra 1, o STF aprova o aborto de bebês anencéfalos. Essa conquista foi uma vitória para a medicina e cientistas.
            As mulheres não precisarão nem sequer recorrer à justiça para o direito do aborto de fetos que possuam um defeito congênito na formação do cérebro e da medula. O processo será feito também através do sus.
            Esse foi a terceira situação em que o aborto é permitido por lei, no Brasil. Abortos em caso de estupro ou quando existe algum risco de vida para a mãe já são permitidos.
            Segundo um dos ministros que votaram a favor, Ayres Britto, “Inexiste crime de aborto na interrupção que tenha por objeto natimorto cerebral, um ser padecente de inviabilidade vital”. Ao invés de usarem a palavra “aborto”, os ministros favoráveis ao processo preferiram usar o termo “antecipação terapêutica do parto” (Veja)

2 – Mensalão é julgado

            Uma vitória para a democracia brasileira. Foram quase cinco meses (durante o segundo semestre do ano de 2012), mas em dezembro, finalmente os ministros do STF concluíram o julgamento dos chamados “mensaleiros”, integrantes de um esquema de corrupção que marcou a ferro o governo Lula.
            Comandada por Joaquim Barbosa, a corte condenou 25 pessoas. Entre elas, o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, os publicitários Marcos Valério, Cristiano Paz e Ramon Hollerbach, o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu; o ex-presidente do Partido dos Trabalhadores, José Genuíno; e o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares. Muita coisa ainda tem que acontecer, mas isso acabou levantando a moral de todo o país, como um sinal de esperança de que o Brasil ainda pode melhorar.

3 – Dilma cria a Comissão da Verdade

            Em maio deste ano, a presidente Dilme Rousseff anunciou o nome das pessoas que integrariam a Comissão da Verdade. José Carlos Dias (ex-ministro da Justiça no governo Fernando Henrique), Gilson Dipp (ministro do STJ e do TSE), Rosa Maria Cardoso da Cunha (amiga e ex-advogada de Dilma), Cláudio Fonteles (ex-procurador-geral da República no governo Lula), Maria Rita Kehl (psicanalista), José Paulo Cavalcanti Filho (advogado e escritor) e Paulo Sérgio Pinheiro (atual presidente da Comissão Internacional Independente de Investigação da ONU para a Síria).
            A criação dessa comissão acabou gerando polêmica. Ela foi criada afim de investigar crimes políticos cometidos pelo Estado Brasileiro em um período que vai de 1937 ate 1985, um período em que o país passou por duas ditaduras (Estado Novo e a Ditadura Militar). A polêmica foi criada porque a Comissão da Verdade irá investigar apenas crimes cometidos pelo governo, e não pelos que lutavam contra a opressão militar.

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