6 de dezembro de 2012

As curvas de Niemeyer



"Não é o ângulo reto que me atrai. Nem a linha reta, dura, inflexível criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual. A curva que encontro nas montanhas do meu país. No curso sinuoso dos sentidos, nas nuvens do céu. No corpo da mulher preferida. De curvas é feito todo o universo" - Oscar Niemeyer




"O que nós queremos na arquitetura, com a mudança na sociedade, não é nada especial. As casas de luxo serão menores. Os grandes empreendimentos urbanos, os cassinos, os teatros, os museus. Tudo isso será maior ainda porque todos deles poderão participar. Não basta fazer uma cidade moderna. É preciso mudar a sociedade"Niemeyer em entrevista ao Jornal da Globo, em 2007
(Foto: Esplanada - Brasília)


"As pessoas se espantam pelo fato de, mesmo sendo comunista, me interessar pelas igrejas. E a coisa é tão natural. Eu morava com meus avós, que eram religiosos. Tinha até missa na minha casa. E eu fui criado num clima assim. Esse passado junto da família me deixou com a ideia de que os católicos são bons, que querem melhorar a vida e fazer um mundo melhor"
Agosto de 2011, ao lançar o livro "As igrejas de Oscar Niemeyer"
(Foto: Catedral de Brasília)


"Faço arquitetura que me agrada, uma arquitetura ligada às minhas raízes e ao meu país”
Em 2007, aos 100 anos
(Foto: Panteao da Patria e da Liberdade Tancredo Neves)

"Fui sempre um revoltado. Da família católica eu esquecera os velhos preconceitos, e o mundo parecia-me injusto, inaceitável. Entrei para o partido comunista, abraçado pelo pensamento de Marx que sigo até hoje"
Em entrevista à BBC Brasil, em 2001
(Foto: Centro Niemeyer - Espanha)


"Meu avô, que foi ministro do Supremo Tribunal, morreu sem um tostão. Achei bonito ele morrer assim. Já disse que teria vergonha de ser um homem rico. Considero o dinheiro uma coisa sórdida"
(Foto: Brasília)


"Valeu a pena vir até do Rio de Janeiro a Brasília de carro, era quase uma obrigação vir aqui"
Em 2008, ao viajar mais de 11 horas para ir do Rio a Brasília, aos 101 anos, de carro
(Foto: Museus de Arte Contemporânea - Rio de Janeiro)



“Nós começávamos a imaginar quando é que Brasília iria surgir. De repente, aparecia uma mancha azul no horizonte. Ela ia crescendo. Depois apareciam os contornos e começávamos a dizer: ali é o Teatro, lá é o Congresso, a Torre. Brasília surgia como num passe de mágica, um milagre”
Sobre o projeto piloto para a construção da capital do país, em 1956.
(Foto: Congresso Nacional - Brasília)


"A vida não é justa. E o que justifica esse nosso curto passeio é a solidariedade”
(Foto: Museu Oscar Niemeyer - Curitiba)


"Eu tinha 5, 7 anos e ficava desenhando com o dedo no ar. Minha mãe perguntava: 'menino, o que você está fazendo'? Estou desenhando. Eu gosto de desenhar figuras. Eu faço uma escultura, eu desenho no ar. Eu faço um desenho e construo ele no ar"
Em entrevista à Globo News, em 2008.


"A vida é um sopro, um minuto. A gente nasce, morre. O ser humano é um ser completamente abandonado..." - Oscar Niemeyer

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