17 de outubro de 2012

Uruguai: a um passo do aborto legal


            Nesta tarde de quarta-feira (17), o Uruguai está a um passo de ser o segundo país na América Latina – depois de Cuba – a legalizar o aborto, e o primeiro na América do Sul. No Senado uruguaio, a causa ganhou por 17 votos contra 14. Para isso, basta a mulher estar até a 12ª. semana de gestação. A Lei ainda precisa ser assinada pelo presidente José Mujica, mas esse já falou que não vetará a decisão.
            "Este é um primeiro passo de avanço. Entre 1934 e 1938, o aborto foi legal no Uruguai. E, desde a reabertura democrática (1985), todas as legislaturas apresentaram projetos a respeito. Sentimos que se trata de uma questão de direito, estamos convencidos de que se deve continuar com a luta pela autonomia da mulher", disse à BBC Brasil a senadora Monica Xavier, presidente da Frente Ampla.
            Para realizar o procedimento, a gestante deve passar por uma consulta com três profissionais da área de saúde, e deverá esperar no mínimo cinco dias, para a reflexão. Primeiro, a mulher vai ao médico e relata seu desejo de abortar. Em seguida ela passa por consultas com um ginecologista, um psicólogo e um assistente social. Qualquer mulher pode tomar essa decisão, basta preencher os pré-requisitos relatados acima.

Contra ou a favor?
Conheça os argumentos:

A favor o aborto:

A mulher tem o direito de tomar decisões num assunto que diz respeito à sua vida como o é da maternidade.

A maternidade não desejada é fonte de problemas futuros para a mulher, para o casal, para as famílias e, sobretudo, para as crianças delas nascidas.

Podem ocorrer problemas na futura vinculação afetiva entre a mãe e a criança nascida quando a gravidez é vivida em sofrimento.

O aborto clandestino é um problema de saúde pública.

Proibir não elimina o recurso ao aborto. Quando as mulheres sentem que ele é necessário fazem-no, mesmo que não seja em segurança.

O primeiro direito da criança é ser desejada.

Contra o aborto:

Hoje em dia já existem diversos modos contraceptivos no mercado.

Fazer um aborto é um atentado contra a vida humana.

A despenalização do aborto vai provocar o aumento do número de abortos.

A despenalização do aborto vai aumentar o número de DSTS.
A decisão não é só da mulher, mas o homem também tem direito sobre seu filho.

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