Um estudo feito com mais de milhão de pessoas mostra que a
criatividade é muitas vezes vista em quem possui alguma doença mental, segundo
a BBC.
Os
escritores são os mais suscetíveis a transtornos de ansiedade, transtorno
bipolar, esquizofrenia, depressão, e abuso de substâncias químicas, segundo
pesquisadores do Instituto Karolinska, localizado na Suécia. As informações
dizem ainda, que eles são quase duas vezes mais propensos ao suicídio do que a
população em geral. Dançarinos e fotógrafos estão mais propensos a ter
transtorno bipolar.
Já as
pessoas que trabalham em outras profissões criativas não estavam predispostas à
transtornos psíquicos, mas eram mais propensos a ter um parente próximo com alguma
doença, incluindo anorexia e até mesmo o autismo, segundo relatórios do Jornal
de Pesquisa Psiquiátrica.
Segundo o
pesquisador chefe, Simon Kyaga, esses transtornos para o mundo criativo, porém,
podem ser vistos com bons olhos. Por exemplo, os interesses restritivos e
intensos de alguém com autismo e psicose maníaca pode fornecer o foco e a
determinação necessárias para o gênio da criatividade. Assim como os
pensamentos desordenados associados à esquizofrenia pode desencadear o elemento
originalidade muito importante de uma obra-prima. "Se partimos da ideia de
que certos fenômenos associados com doenças dos pacientes são benéficas, abre-se um caminho para uma nova abordagem de
tratamento. Em psiquiatria e medicina em geral, tem havido uma tradição de ver
a doença em preto-e-branco e temos que nos esforçarmos para tratar o paciente,
tirando a ideia de que tudo nessas doenças é ruim”, acrescenta o Dr Kyaga, para
a BBC.
Beth
Murphy, chefe de informação em mente, contudo, disse que os traços de
personalidade bipolar, por exemplo, poderia ser benéfica para os que exercem
profissões criativas, mas também pode ser que as pessoas com transtorno bipolar
sejam mais atraídos por essas profissões, porque alí elas podem usar suas
habilidades criativas sem julgamentos. "É importante não romantizar as
pessoas com problemas de saúde mental, que muitas vezes são retratados como gênios
criativos em luta contra a sociedade”, diz Beth.
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