16 de outubro de 2012

A origem da criatividade


Um estudo feito com mais de milhão de pessoas mostra que a criatividade é muitas vezes vista em quem possui alguma doença mental, segundo a BBC.
            Os escritores são os mais suscetíveis a transtornos de ansiedade, transtorno bipolar, esquizofrenia, depressão, e abuso de substâncias químicas, segundo pesquisadores do Instituto Karolinska, localizado na Suécia. As informações dizem ainda, que eles são quase duas vezes mais propensos ao suicídio do que a população em geral. Dançarinos e fotógrafos estão mais propensos a ter transtorno bipolar.
            Já as pessoas que trabalham em outras profissões criativas não estavam predispostas à transtornos psíquicos, mas eram mais propensos a ter um parente próximo com alguma doença, incluindo anorexia e até mesmo o autismo, segundo relatórios do Jornal de Pesquisa Psiquiátrica.
            Segundo o pesquisador chefe, Simon Kyaga, esses transtornos para o mundo criativo, porém, podem ser vistos com bons olhos. Por exemplo, os interesses restritivos e intensos de alguém com autismo e psicose maníaca pode fornecer o foco e a determinação necessárias para o gênio da criatividade. Assim como os pensamentos desordenados associados à esquizofrenia pode desencadear o elemento originalidade muito importante de uma obra-prima. "Se partimos da ideia de que certos fenômenos associados com doenças dos pacientes são benéficas,  abre-se um caminho para uma nova abordagem de tratamento. Em psiquiatria e medicina em geral, tem havido uma tradição de ver a doença em preto-e-branco e temos que nos esforçarmos para tratar o paciente, tirando a ideia de que tudo nessas doenças é ruim”, acrescenta o Dr Kyaga, para a BBC.
            Beth Murphy, chefe de informação em mente, contudo, disse que os traços de personalidade bipolar, por exemplo, poderia ser benéfica para os que exercem profissões criativas, mas também pode ser que as pessoas com transtorno bipolar sejam mais atraídos por essas profissões, porque alí elas podem usar suas habilidades criativas sem julgamentos. "É importante não romantizar as pessoas com problemas de saúde mental, que muitas vezes são retratados como gênios criativos em luta contra a sociedade”, diz Beth.





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