O ser humano é bom, e a sociedade o
corrompe, ou é mau, e a sociedade o corrige? Essas questões desenvolvidas pela
filosofia se perpetuaram em nossas mentes, e todos temos uma teoria, se o ser
humano é bom ou mau. Novos estudos da psicologia, porém, descobriram algumas
novas evidencias que poderiam dar uma sacudida nesse debate acalorado.
Uma maneira de perguntar sobre
nossas características mais fundamentais é olhar para um bebê. Essas pequenas
criaturas são uma vitrine maravilhosa para o que seria a natureza humana. Os
bebês são seres humanos com o mínimo de influência cultural - eles não têm
muitos amigos, nunca foram à escola nem leram livros. Eles não podem sequer
controlar suas próprias vontades fisiológicas, e muito menos falar alguma
língua. Suas mentes estão tão perto da inocência quanto uma mente humana pode
chegar.
O único problema é que a falta de
linguagem torna difícil avaliar as suas opiniões. Normalmente nós pedimos às
pessoas para participar em experiências, dando instruções ou pedindo para elas
responderem a perguntas, sendo que ambos os casos requerem linguagem. Os bebês
podem ser mais bonitinhos para se trabalhar, mas eles não entendem comando de
obediência.
Felizmente, você não necessariamente
tem que falar para revelar suas opiniões. Bebês vão se chegando para as coisas
que querem ou gostam, e eles tendem a olhar mais para as coisas que os
surpreendem. Inteligentes experimentos executados na Universidade de Yale nos
EUA usaram essas medidas para olhar para as mentes dos bebês. Seus resultados
sugerem que mesmo mais jovens os seres humanos têm um senso de certo e errado,
e, além disso, um instinto de preferir bem sobre o mal. Esses novos estudos
acabam com aquela tese de que toda criança é malvada.
Os psicólogos de Yale criaram um
jogo, no qual conseguiram mostrar que os bebês, seres humanos na forma mais
crua possível, tende a acreditar no outro. Conforme crescemos que temos aquela
duvida da mentira, de estar sendo passado para trás. Os bebês não têm essa
capacidade. Eles acreditam e pronto. Outro ponto que ajudou a teoria desses psicólogos
de que o homem é bom sim. Além disso, em uma situação de jogo em que a criança
tinha ou que ajudar ou atrapalhar os personagens da trama, foi descoberto a
propensão da criança para ajudar os personagens - respeitando as capacidades
que um bebê pode ter. Foi interpretado como forma de ajuda, por exemplo, a
criança que empurrou um boneco ladeira acima, e esta sabia que empurrar para
baixo seria o “mal” a se fazer.
É lógico que isso não resolve o
debate sobre a natureza humana. Um cínico diria que isso só mostra que os bebês
são egoístas e se projetam naqueles personagens apresentados a eles nos
estudos, e na realidade estariam ajudando a si mesmos. Essa discussão ainda não
teve fim, mas podemos dizer que a ciência desenvolve teorias cada vez mais plausíveis
para uma pergunta que, provavelmente, não tem resposta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário