24 de janeiro de 2013

O ser humano é bom ou mau?


            O ser humano é bom, e a sociedade o corrompe, ou é mau, e a sociedade o corrige? Essas questões desenvolvidas pela filosofia se perpetuaram em nossas mentes, e todos temos uma teoria, se o ser humano é bom ou mau. Novos estudos da psicologia, porém, descobriram algumas novas evidencias que poderiam dar uma sacudida nesse debate acalorado.
            Uma maneira de perguntar sobre nossas características mais fundamentais é olhar para um bebê. Essas pequenas criaturas são uma vitrine maravilhosa para o que seria a natureza humana. Os bebês são seres humanos com o mínimo de influência cultural - eles não têm muitos amigos, nunca foram à escola nem leram livros. Eles não podem sequer controlar suas próprias vontades fisiológicas, e muito menos falar alguma língua. Suas mentes estão tão perto da inocência quanto uma mente humana pode chegar.
            O único problema é que a falta de linguagem torna difícil avaliar as suas opiniões. Normalmente nós pedimos às pessoas para participar em experiências, dando instruções ou pedindo para elas responderem a perguntas, sendo que ambos os casos requerem linguagem. Os bebês podem ser mais bonitinhos para se trabalhar, mas eles não entendem comando de obediência.
            Felizmente, você não necessariamente tem que falar para revelar suas opiniões. Bebês vão se chegando para as coisas que querem ou gostam, e eles tendem a olhar mais para as coisas que os surpreendem. Inteligentes experimentos executados na Universidade de Yale nos EUA usaram essas medidas para olhar para as mentes dos bebês. Seus resultados sugerem que mesmo mais jovens os seres humanos têm um senso de certo e errado, e, além disso, um instinto de preferir bem sobre o mal. Esses novos estudos acabam com aquela tese de que toda criança é malvada.
            Os psicólogos de Yale criaram um jogo, no qual conseguiram mostrar que os bebês, seres humanos na forma mais crua possível, tende a acreditar no outro. Conforme crescemos que temos aquela duvida da mentira, de estar sendo passado para trás. Os bebês não têm essa capacidade. Eles acreditam e pronto. Outro ponto que ajudou a teoria desses psicólogos de que o homem é bom sim. Além disso, em uma situação de jogo em que a criança tinha ou que ajudar ou atrapalhar os personagens da trama, foi descoberto a propensão da criança para ajudar os personagens - respeitando as capacidades que um bebê pode ter. Foi interpretado como forma de ajuda, por exemplo, a criança que empurrou um boneco ladeira acima, e esta sabia que empurrar para baixo seria o “mal” a se fazer.
            É lógico que isso não resolve o debate sobre a natureza humana. Um cínico diria que isso só mostra que os bebês são egoístas e se projetam naqueles personagens apresentados a eles nos estudos, e na realidade estariam ajudando a si mesmos. Essa discussão ainda não teve fim, mas podemos dizer que a ciência desenvolve teorias cada vez mais plausíveis para uma pergunta que, provavelmente, não tem resposta.

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