25 de janeiro de 2013

Pássaros

Você já pensou quais são as formas usadas por pássaros para se agrupar? A Reuters fez uma seleção das 10 formas mais diferentes.












Como nasce a supertição


            Desde bater na madeira para boa sorte, até não andar de baixo de escadas para evitar a má sorte, todos nós temos pequenas rotinas ou superstições, que fazem pouco sentido quando você parar para pensar sobre elas. E elas não são sempre para nos trazer sorte. Pode ser um simples habito de colocar sempre um objeto na mesma posição, por exemplo.
            Mas, por que repetimos esses hábitos curiosos? Por trás dos atos aparentemente irracionais fica algo que nos diz sobre o que faz os animais ter sucesso em suas contínuas lutas evolutivas. Nós nos referimos a algo que fazemos sem pensar como sendo um hábito. É precisamente por isso que os hábitos são úteis - eles não ocupam esforço mental. Nosso cérebro tem mecanismos para a aquisição de novas rotinas, e parte do que nos faz criaturas de sucesso é a capacidade de criar esses hábitos.
            Até mesmo os pombos podem desenvolver hábitos supersticiosos, como o famoso psicólogo Skinner mostrou em um experimento. Skinner iria começar uma palestra, colocando um pombo em uma gaiola com um alimentador automático que entregua uma bolinha de comida a cada 15 segundos. No início da palestra, Skinner iria deixar o público observar o comportamento comum passivo do pombo, antes de cobrir a caixa. Depois de 50 minutos ele descobriria a caixa e mostraria que os pombos diferentes teriam desenvolvido comportamentos diferentes. Um pássaro faria um giro anti-horário três vezes antes de olhar na cesta de alimentos, outro teria empurrado sua cabeça para o canto superior esquerdo. Em outras palavras, todos os pombos fizeram algum ritual particular que repetiria todas as vezes nessa situação.
            A explicação de Skinner para esse comportamento estranho é tão simples quanto brilhante. Embora saibamos que a comida é entregue independentemente do comportamento do pombo, o pombo não sabe disso. Então, imagine-se na posição do pombo, o seu cérebro sabe muito pouco sobre o mundo dos homens, ou gaiolas, ou distribuidores de alimentos automáticos. Você decide virar no sentido horário três vezes, e naquele momento um pouco de comida aparece. O que você deve fazer para que isso aconteça de novo? A resposta óbvia é que você deve repetir o que você acabou de fazer. Você repete essa ação e pronto! Ele funciona, comida chega. A partir desta semente, argumentou Skinner, é que nasce a superstição.
            Superstições assumem o nosso comportamento porque nossos cérebros tentam repetir as ações que precederam sucesso, mesmo que não possamos ver como eles tiveram a sua influência. Confrontado com a escolha de descobrir como o mundo funciona e calcular o melhor resultado (que é a coisa mais sensata racional a fazer), ou repetir o que você fez da última vez que algo de bom aconteceu, estamos muito mais propensos a escolher o último. Ou, dito de outra forma: "se não está quebrado, não conserte", independentemente da causa.

A origem do salto


            Símbolo de elegância, todas as adeptas ao salto alto sabem que eles não são nada práticos.  Eles não são bons para caminhar ou dirigir. Eles dificultam ações que seriam simples, como caminhar na grama, por exemplo, que se torna uma tarefa quase impossível, bem como caminhar em paralelepípedos.  E saltos altos não tendem a ser muito confortável. É quase como se eles simplesmente não tivessem sido projetados para uma pessoa andar.
            Acontece que, originalmente, eles não eram. Bonitos extremamente femininos, o salto alto foi uma criação masculina –criado para homens, e não por homens.  O salto foi usado por séculos em todo o Oriente Médio como uma forma de andar a cavalo. Os calcanhares prendiam no estribo muito mais fácil com um salto para ajudar. Quando, em 1599, aconteceu um missão diplomática persa na Europa, uma onda de interesse em todas as coisas persa acometeu a Europa Ocidental. Sapatos estilo persas foram entusiasticamente adotado por aristocratas, que procuraram dar a aparência de uma borda, viril masculina que parecia que apenas sapatos de salto poderiam fornecer.
            Quando o uso de sapatos de salto começou a chegar nas fileiras mais baixas da sociedade, a aristocracia reagiu aumentando drasticamente a altura de seus sapatos – nascendo o salto alto. Nas ruas esburacadas, enlameadas do século 17 na Europa, estes novos sapatos não tinha nenhum valor utilitário, mas era esse o ponto. Quando menos prática fossem as coisas, mais aristocrática era. Eles não vivem nos campos de trabalho, logo não precisavam usar roupas confortáveis, ou sequer caminhar. Os solados eram sempre vermelho (provavelmente a origem da marca registrada de um louboutin), o corante era caro e levou um tom marcial. A moda logo se espalhou por toda a Europa.
            Embora os europeus foram os primeiros atraídos para saltos porque a conexão persa deu-lhes um ar de macho, uma mania em moda feminina para adotar elementos da roupa masculina significava a sua utilização logo se espalhou para mulheres e crianças. Em 1630 você teve mulheres cortam seus cabelos para se masculinizar. E adotar o uso de salto alto foi uma solução para colocar algo masculino em suas roupas. A partir desse momento, as classes altas da Europa seguiu uma moda de calçado unissex até o final do século 17, quando as coisas começaram a mudar novamente.
            Os homens começaram a ter um salto quadrado, mais robusto, enquanto os saltos das mulheres tornou-se mais delgado e curvilíneo. A parte da frente dos sapatos femininos eram muitas vezes cônicas, de modo que quando as pontas apareciam de suas saias, seus pés pareciam ser pequenos e delicados. Foi na Inglaterra iluminista, com ênfase na educação, que a moda masculina passou a optar roupas mais práticas. Foi nesse momento que os homens abandonaram o uso de joias, cores vivas e tecidos luxuosos em favor de um olhar mais sóbrio e homogêneo. As diferenças entre os sexos ficou mais pronunciada.
            Mulheres foram vistas como “o sexo frágil”, não tinham permissão para andar a cavalo como os homens, ou caminhar nas ruas. O salto alto, então, não tinha motivo para ser banido. Em 1740 os homens oficialmente abdicaram esse sapato.