31 de outubro de 2012

Hacktivistas


O ativismo hacker se mostrou muito popular nos últimos tempos com o Anonymous – um grupo de hackers que protesta online. Entre seus feitios estão a retirada de mais de 60 sites pornôs infantis do ar, a derrubada por algumas horas de sites de alguns bancos no Brasil para protestar contra a corrupção,  a invasão e tirada do ar por dias dos sites da Universal e da Sony para protestar contra a lei americana SOPA, publicação de dados do exército americano confidenciais, a divulgação de dados de pessoas que buscam por pornografia infantil na internet entre outras coisas. Os seus integrantes estão espalhados pelo mundo e são, como sugere o nome, anônimos. Quando agem e tiram algum site do ar, deixam a mensagem “We are Anonymous, We are legion, We never forgive, We never forget, Expect us. Right behind you” que significa “nós somos anônimos. Nós somos uma legião. Nós nunca esquecemos. Nós nunca perdoamos. Espere-nos. Bem atrás de você.” Esse grupo tem conseguido deixar as autoridades do mundo inteiro de cabelo em pé.
            Agora, surge um site, seguindo a linha do wikileaks, Pastebin. É um espaço onde os usuários podem postar arquivos para outros verem. O site já alcançou 25 milhões de novas "pastas", que contêm mais de 1.250 gigabytes de dados brutos. O site se tornou a ferramenta favorida do grupo Anonymous. Antes de tomar uma ação que resulte na retirada de alguma informação dos sites que invadem,  grupo posta no Pastebin. Nomes, números de telefone e endereços de pessoas relacionadas com as organizações que atacam. A notícia levou alguns membros do Anonymous emitirem um comunicado de imprensa, dizendo: "Pastebin tem sido notícia nos últimos tempos e tem sido ótimo para fazer algumas reivindicações". Essa declaração surtiu efeito. Após isso, o site só cresceu. Um usuário pós-anonymous, Nullcrew,  por exemplo, revelou detalhes retirados de um ataque de hacker na Ford Motors. As pessoas podem ter contas anônimas no Pastebin, assim ficam indetectáveis.







Furacão Sandy e seus estragos

A tempestade que afetou a costa leste dos Estados Unidos transformou Nova York em uma cidade fantasma. Por onde passou, Cuba, Haiti e outras ilhas do Caribe, o furacão já deixou mais de 40 mortos. O governo americano está em estado de emergência. Mais de 6.800 voos foram cancelados e o sistema de transportes públicos de Nova York foi completamente interrompido. Veja imagens de como ficou a cidade que nunca dorme após mais uma tragédia.

As imagens são do Corrieri Della Serra. 
















Brasil e a Copa do Mundo de 2014


            Quando o Brasil ganhou o direito de sediar a Copa do Mundo de 2014, que seria tudo feito de maneira transparente e limpa, de forma que dificilmente o dinheiro do contribuinte seria gasto em estádios e infraestrutura. Mas estamos falando de Brasil, não é mesmo? Um país onde seus governantes desviam verbas de hospitais, de merenda de colégios. O que poderíamos esperar? Com o jogo de abertura a menos de dois anos, essas alegações todas parecem furadas.
            Os organizadores do evento criaram um site (www.copa2014.gov.br) onde o público pode acompanhar o trabalho de construção e saídas de caixa para a copa, uma forma de provar transparência. O que acontece, porém, é que o site   possui informações contraditórias ou desatualizadas. Ainda não foi divulgado sequer o orçamento do que o governo gastará com coisas básicas, por exemplo policiamento. O secretário-geral do Contas Abertas, um grupo sem fins lucrativos que monitora gastos públicos, Gil Castello Branco, disse que "tão fácil que qualquer cidadão pode sentar no seu sofá e ver onde o dinheiro estava sendo gasto”, mas isso não é o que estamos vendo. Todos no Brasil sabem do problema que são questões de transparência e responsabilidade social – nosso país possui uma longa história de corrupção e mau planejamento. O professor estado unidense  de planejamento arquitetônico e urbanismo que mora no Rio, Christopher Gaffney, afirmou para a Reuters que “O governo brasileiro não tem um forte histórico de transparência, e a Copa do Mundo reflete o estado do país onde acontece."
            O orçamento oficial para a infraestrutura dos estádios  e transporte para a Copa do Mundo é de 27,1 bilhões de reais – sendo quase a metade destinada ao transporte público, o resto será dividido entre estádios e aeroportos (que estão em uma situação critica). Quem controla esse dinheiro, já que ele vem dos cofres públicos, são três diferentes órgãos. Um é executado pelo Ministério do Esporte, outro pelo Senado e um terceiro pelo Escritório de Controladoria Geral. O problema é que, como todo brasileiro sabe e o resto do mundo está descobrindo isso agora, as informações passadas pelo governo não são confiáveis. "A informação que temos é incompleta, contraditória e tardia, além de ser muitas vezes enganosas ", disse Castello Branco. Um exemplo muito claro disso, são os valores passados para o custo da reforma da Arena Amazônia, em Manaus. O Ministério do Esporte diz que irá  custar 532,2 milhões de reais, o site da Controladoria Geral diz que vai custar 515 milhões de reais e o site do Senado diz 505 milhões de reais. O site do Ministério do Esporte fala que o estádio de Itaquera, em São Paulo terá 65 mil lugares e custará 820 milhões de reais. Esse preço, no entanto, é para um estádio de 48 mil lugares. Em resposta à Reuters, Luis Fernandes, secretário-executivo do Ministério do Esporte simplesmente diz que "A comunicação poderia ser melhor".