“Vamos salvar a indústria brasileira apesar dos industriais”
diz Paulo Guedes.
Esta é uma das frases mais lúcidas ditas por um brasileiro
nos últimos 60 anos.

É preciso dar um basta nesta mania dos industriais brasileiros
não querem competir e correrem para o governo, como crianças mimadas, pedirem a
sua proteção para evitar que seu irmão bata neles.
Tornam-se preguiçosos, incompetentes e frágeis para
enfrentarem o mundo real e global.
Todos se socorrem nas medidas protecionistas para se
defenderem da competição internacional
Existem três focos principais para a defesa comercial.
O
mais comum é o de ações antidumping, que impõem taxas sobre produtos importados
por preços “abaixo” do praticado no mercado.
Há também ações contra subsídios. Embora elas possam ser
resolvidas internamente, com taxas sobre produtos subsidiados, o campo mais
importante de discussão é a Organização Mundial do Comércio (OMC), que tem
regras bem definidas sobre esse tipo de benefício.
Por último, existem ações de salvaguarda, aplicadas para
proteger indústrias “frágeis” diante de competidores mais produtivos.
Os direitos antidumpings têm como objetivo evitar que os
produtores nacionais sejam prejudicados por importações realizadas a preços considerados
como desleal em termos de comércio em acordos internacionais.
No Brasil, hoje, temos 89 produtos protegidos por medidas
antidumping São produtos como escovas de cabelo, espelhos, cadeados, louça de mesa, etc.
Não há nenhum sentido em proteger mercados como estes contra
a competição internacional.
Qual seria seu peso na balança comercial?
O sucateamento da indústria brasileira tem origem neste tipo
de ação perpetrada pelos industriais e governos com mentalidade atrasada ao
tempo de nossa reserva de mercado da informática, que liquidou a indústria de
hardware no Brasil.
Os industriais podem torcer o nariz para Paulo Guedes, mas
ele tem a mais pura razão em dizer o que disse.