1 de dezembro de 2024

Richard Dawkins sobre a morte

Todos nós vamos morrer e isso nos faz pessoas de muita sorte.

Muitas pessoas não vão morrer simplesmente porque nunca nasceram.

As pessoas em potencial que poderiam estar aqui em meu lugar, mas que na verdade nunca verão a luz do dia extrapola o número de grãos de areia do Saara. Certamente estes fantasmas não nascidos incluem poetas maiores que Keats, cientistas maiores que Newton.

Sabemos isso porque o conjunto de pessoas permitidas pelo nosso DNA massivamente excede a quantidade de pessoas atualmente.

Diante desta disparidade estupenda, você e eu, em nossa simplicidade, somos privilegiados em estarmos aqui. Nós, privilegiados, que ganhamos na loteria do nascimento, contra todas as probabilidades.

Como ousamos querer voltar a aquela posição anterior da qual a grande maioria nunca saiu?

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