31 de outubro de 2018

A indústria brasileira e o mimimi


“Vamos salvar a indústria brasileira apesar dos industriais” diz  Paulo Guedes.

Esta é uma das frases mais lúcidas ditas por um brasileiro nos últimos 60 anos.


É preciso dar um basta nesta mania dos industriais brasileiros não querem competir e correrem para o governo, como crianças mimadas, pedirem a sua proteção para evitar que seu irmão bata neles.
Tornam-se preguiçosos, incompetentes e frágeis para enfrentarem o mundo real e global.


Todos se socorrem nas medidas protecionistas para se defenderem da competição internacional
Existem três focos principais para a defesa comercial.

O mais comum é o de ações antidumping, que impõem taxas sobre produtos importados por preços “abaixo” do praticado no mercado.

Há também ações contra subsídios. Embora elas possam ser resolvidas internamente, com taxas sobre produtos subsidiados, o campo mais importante de discussão é a Organização Mundial do Comércio (OMC), que tem regras bem definidas sobre esse tipo de benefício.

Por último, existem ações de salvaguarda, aplicadas para proteger indústrias “frágeis” diante de competidores mais produtivos.

Os direitos antidumpings têm como objetivo evitar que os produtores nacionais sejam prejudicados por importações realizadas a preços considerados como desleal em termos de comércio em acordos internacionais.

No Brasil, hoje, temos 89 produtos protegidos por medidas antidumping São produtos como escovas de cabelo, espelhos, cadeados, louça de mesa, etc.

Não há nenhum sentido em proteger mercados como estes contra a competição internacional.
Qual seria seu peso na balança comercial?

O sucateamento da indústria brasileira tem origem neste tipo de ação perpetrada pelos industriais e governos com mentalidade atrasada ao tempo de nossa reserva de mercado da informática, que liquidou a indústria de hardware no Brasil.

Os industriais podem torcer o nariz para Paulo Guedes, mas ele tem a mais pura razão em dizer o que disse.

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