3 de dezembro de 2012

Quando um problema vira a solução


Estamos vivendo um momento de total interação com as marcas e empresas que nos rodam. A “marca amiga” é cada vez mais procurada, e o que mais agrega valor às empresas. Mas como conseguir isso, se a conectividade das pessoas nunca foi tão grande? E todos conhecem a máxima que diz “se uma pessoa gosta, ela conta para cinco pessoas. Se odeia, para cinquenta”, imagine isso em uma época em que as coisas se viralizam em questões de minutos. A solução encontrada é cuidar de cada consumidor particularmente. Isso mesmo, aproximar-se do individuo, e não da massa, e dar-lhes as respostas que esses perguntam.
            E é isso que as corporações têm feito. Elas não só controlam danos, como transformam o problema em uma forma de divulgação da marca. Claramente esse contato tão próximo vem através das redes sociais. Aqui temos três exemplos de como as empresas estão (brilhantemente) contornando as situações mais adversas.
            Primeiramente, vamos começar citando o caso da Electronic Arts (EA), com o jogo Tigger Woods PGA Tour. A Electronic Arts é a segunda maior editora de games independente do mundo, ficando atrás apenas da Nintendo. Porém, a empresa criadora do fenômeno The Sims não contava com um erro em seu jogo do Tigger Woods. O erro acontece quando o jogador mais famoso de golf do mundo, aparece caminhando sobre as águas e fazendo sua tacada em cima dela. Um jogador do game, então, fez um vídeo em que mostra o ocorrido, e apelida o erro do jogo de “The Jesus Shot” (A Tacada de Jesus). O vídeo viralizou e virou piada na net. A empresa respondeu com o vídeo abaixo:



            Temos também o caso da empresa britânica de absorventes Bodyform. Um usuário da rede Facebook fez um post, na fanpage da empresa, falando que se sentia enganado pela marca. Ele conta que por toda sua vida acreditou que a menstruação fosse um período feliz na vida de uma mulher, devido às propagandas da empresa com mulheres felizes, andando de bicicleta, dançando, pulando de paraquedas. E quando arranjou uma namorada, descobriu que não existe os líquidos azuis mostrados nas propagandas, esportes radicais ou momentos felizes. A empresa respondeu com esse vídeo:


Post original sobre a Bodyform

            Outra resposta dada por uma grande empresa, não chegou via rede social, e sim fisicamente. Um garoto de dez anos, James Groccia, economizou por dois anos para poder comprar um set da LEGO chamado “The Emerald Night Train”. Após esse longo período (principalmente para uma criança de dez anos), James conseguiu juntar o dinheiro necessário. Contudo, chegando na loja, descobriu que o brinquedo tinha saído de linha. A mãe do garoto chegou a procurar online, mas descobriu que só tinha o produto para colecionador, com um valor muito elevado, dinheiro que nem ela nem o garoto tinham. Então, a mãe decide escrever uma carta para a LEGO, e alguns dias depois eles recebem uma carta e uma caixa em casa. A empresa tinha mandado para o garoto o set que ele tanto queria. A família gravou a reação dele e fez um vídeo de agradecimento à LEGO, que logicamente viralizou.


Carta da LEGO na integra

30 de novembro de 2012

O inverno europeu

O inverno na Europa chegou. E com ele, a neve, dotada de uma beleza magnifica.


"Foi nessa idade que a poesia me veio buscar


Não sei de onde veio
Do inverno, de um rio



Não sei como nem quando
Não, não eram vozes



Não eram palavras




Nem silêncio


Mas da rua fui convocado
Dos galhos da noite



Abruptamente entre outros




Entre fogos violentos



Voltando sozinho



Lá estava eu sem rosto



E fui tocado."

Pablo Neruda


Quantos escravos trabalham para você?


            A escravidão já foi abolida de todo o mundo há algum tempo, na teoria. Na prática, lidamos (e compramos produtos) com o trabalho escravo diariamente. Ele existe em todas as economias do mundo, em todas as regiões e apresentando as mais diversas formas, mas acontece principalmente onde a democracia é frágil. Estima-se que existam no mundo entre 12 a 27 milhões de pessoas escravizadas nos diversos ramos da indústria, serviços e agricultura. Existem mais de trezentos tratados internacionais pelo fim do trabalho escravo e comércio de pessoas e mais de doze convenções mundiais de combate à escravidão contemporânea. Entretanto, o problema persiste diante da condição de miséria em que vive grande parte da população mundial.
            Tendo em vista isso, a ONG Made in a Free World (Feita em um Mundo Livre ) com sede em Oakland, Califórnia, se envolve com pessoas e empresas para construir uma consciência e ação contra a escravidão moderna. Eles fornecem aos consumidores uma oportunidade de ter uma conversa mais profunda com as empresas que fabricam o bem que nós compramos e usamos em nossas vidas diárias. A ONG fornece às empresas uma maneira de investigar suas cadeias de fornecimento de mão de obra escrava.

Quarenta e três escravos trabalham para mim. E para você?
(Foto tirada do aplicativo desenvolvido pela ONG)
            A fim de conscientizar as pessoas, essa ONG norte americana criou um aplicativo, slavery foot print que mostra quantos escravos trabalham para você. Uma iniciativa inovadora, e chocante. Cada vez mais o mundo caminha para uma civilização consciente e pacifica, e não cabe mais nos dias atuais sermos coniventes com essa situação. A história em que queremos acreditar, que “não temos nada a ver com isso”, já caiu. E você? Vai continuar conivente com essa situação? O dia 23 de agosto foi instituído pela Unesco como o Dia Internacional de Lembrança do Tráfico de Escravos e sua Abolição.