22 de novembro de 2012

Encontrados possíveis restos mortais de Mona Lisa


            É a pintura mais famosa do mundo, e sabe-se que a Mona Lisa, que apareceu inclusive em livros de Dan Brown, e se sorriso enigmático, ainda exerce um fascínio complexo e difuso. Mas, que o mesmo valesse para os restos mortais da musa inspiradora do retrato mais famoso de Leonardo da Vinci, ninguém poderia imagina. Pelo menos até hoje, quando na Igreja de Santa Úrsula, em Florença, possível lar eterno de Mona Lisa, desembarcaram duas equipes de TV estrangeiras: a CNN americana e Fuji do Japão, entrando na capital toscana apenas e só para acompanhar as escavações que estão aos arredores do antigo convento, olhando para o que poderia ser os restos de Lisa Gherardini.
            Uma visita inesperada talvez, mas certamente em linha com o interesse do mundo por Leonardo Da Vinci. Aquilo que na Itália aparece como apenas uma empoeirada pesquisa entre cadáveres antigos, nos Estados Unidos e Japão representa uma aventura emocionante, suspensa entre a arte e a história, que poderia culminar com a descoberta da Mona Lisa de carne e osso.
            É claro que mais ossos do que carne. Mas não é o aspecto biológico que levou jornalistas estrangeiros no rastro de uma mulher que morreu há 500 anos. "Primeiro de tudo, há o fascínio de Leonardo Da Vinci, o gênio por excelência em todo o mundo - diz o professor Silvano Vinceti, chefe da pesquisa - e depois há a Mona Lisa no Louvre, que a cada ano, sozinha atrai 2, 5 milhões de turistas. Mais do que com o Uffizi de Florença. Nós italianos estamos acostumados com a beleza, e nós perdemos a capacidade de nos surpreender. Os estrangeiros, no entanto, tem uma paixão e isso se pode notar através da mídia. "
            Mas a paixão também é possível para uma pilha de ossos? Aparentemente sim. A CNN vai fazer uma matéria e vai embora. A Fuji do Japão, em sua vez, vai ficar mais tempo, e em todos os casos só voltará mais tarde: é, de fato, estão fazendo uma reportagem especial longa, que segue todas as fases de pesquisa, incluindo resultados. Sim, porque o que importa não é a poeira que agora está subindo a Santa Úrsula, mas o resultado, que poderia dar a análise dos possíveis restos de Lisa Gherardini.
            "Todos os restos mortais serão transferidos para Ravenna, sob a direção do Departamento de património cultural de Bolonha”,  explica Vinceti,  “alí serão executados exames avançados: histologia, carbono-14, DNA, etc.. Se o resultado for positivo, o que significa que o corpo encontrado pertence à Mona Lisa, vamos passar para a reconstrução da superfície a partir do crânio. "
            Uma perspectiva que está pronta para ser trabalhada por várias universidades estrangeiras, que não podem esperar para comparar o rosto de Mona Lisa da obra com que o que o computador irá reconstruir a partir dos restos mortais encontrados. Iniciadas em maio de 2011, as escavações foram interrompidas após um mês devido à falta de fundos. A retomada foi feita em maio 2012: Escavações na igreja foram concluídas, e agora os operários estão trabalhando nas partes grandes, para depois passar para as pequenas, e terminar tudo em torno de dezembro desse ano.
            Mas a notícia que se espera é apenas de que a descoberta é realmente do corpo de Lisa Gherardini. "Os restos mortais encontrados até o momento são oito. Mas podemos ter surpresas nos próximos dias ", promete Vinceti, que tem mais de uma ideia do que fazer, uma vez recuperados os restos da Mona Lisa. "Temos apresentado um projeto para o centro turístico e cultural desta descoberta, usando novas tecnologias. Na prática, nós gostaríamos de reconstruir virtualmente, através de hologramas, ao conseguir o mesmo Leonardo enquanto pintava Mona Lisa. Acreditamos que Florença deve dar mais espaço para Leonardo Da Vinci: não há qualquer vestígio de seus 17 anos na capital da Toscana "

21 de novembro de 2012

O drama do crack


O Brasil é o maior mercado de crack do mundo, segundo o 2º Levantamento Nacional de Álcool e Drogas feito pela Universidade Federal de São Paulo. Em 2011, um em cada cem adultos fumou crack, o que representa um milhão de brasileiros acima dos 18 anos. Tendo em vista esse drama, a Reuters fez uma seleção de fotos sobre usuários de crack na cidade do Rio de Janeiro:















Entenda o conflito na Faixa de Gaza


            Israel e o movimento Hamas, que governa Gaza acordaram um cessar-fogo para encerrar uma semana de violência em que cerca de 160 pessoas morreram. A Faixa de Gaza é um território palestino, composto por uma estreita faixa de terra localizada na costa oriental do Mar Mediterrâneo, no Oriente Médio, que faz fronteira com o Egito no sudoeste e com Israel no leste e no norte. O território tem 41 quilômetros de comprimento e apenas de 6 a 12 quilômetros de largura, com uma área total de 365 quilômetros quadrados. Se escuta muito sobre conflitos entre israelenses e palestinos nessa região, mas poucas pessoas realmente entendem o que acontece ali.
            Tudo começou em 1897, durante o primeiro encontro sionista, onde ficou decidido que os judeus retornariam à Terra Santa, em Jerusalém, de onde foram expulsos no século III d.C.. Imediatamente começou a emigração para a Palestina, nome da região no final do século XIX. Ali, viviam cerca de 500 mil árabes. Em 1903, 25 mil imigrantes judeus já viviam em meio à eles. Em 1914 (início da I Guerra Mundial), os judeus já somavam 60 mil. Em 1948, 600 mil.
            Durante a II Guerra Mundial, o fluxo de imigração judaica para a palestina aumentou drasticamente devido às perseguições vividas – e assim aumentavam os conflitos. Após a II Guerra Mundial e o holocausto, a ONU tentou remediar o ocorrido com os judeus, e propôs a criação de um “estado duplo”. Ou seja, a terra seria dividida em dois estados; um árabe e um judeu. Nessas solução, Jerusalém ficaria com um “enclave internacional”. Os árabes não aceitaram a proposta.
            No dia 14 de maio de 1948, Israel declarou independência. Em 1967 Israel derrotou Egito, Síria e Jordânia na chamada Guerra dos Seis Dias, e conquistou a Cisjordânia, as colinas do Golán e Jerusalém leste. Em 1973 Egito e Síria voltaram a atacar, no feriado de Yom Kippur (Dia do Perdão), mas foram derrotados. Em 1987 aconteceu a primeira Intifada. Milhares de jovens palestinos saíram às ruas protestando contra a ocupação considerada ilegal pela ONU. Eles atiravam pedras e objetos. Israelenses atiraram e mataram esses jovens. A segunda Intifada aconteceu em setembro de 2000, quando o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, caminhou nas proximidades da mesquita de Al-Aqsa, considerada sagrada pelos mulçumanos – a mesquita está localizada em uma área também sagrada para os judeus.
            Israel permanece nos territórios ocupados durante a Guerra dos Seis Dias e se nega obedecer a resolução 242 da ONU, que obriga o país a se retirar dessas regiões.


            O Hamas (Movimento de Resistência Islâmica) é uma organização palestina, de orientação sunita, que inclui uma entidade filantrópica, um partido político e um braço armado, as Brigadas Izz ad-Din al-Qassam. É o mais importante movimento fundamentalista islâmico palestino. Em janeiro de 2006, o Hamas venceu as eleições parlamentares na Palestina, ganhando 76 dos 132 assentos no Parlamento Palestino, contra o Fatah - Fatah ou Al-Fatah (Movimento de Libertação Nacional da Palestina), é uma organização política e militar, fundada em 1964 pelo engenheiro Yasser Arafat e Khalil al-Wazir (Abu Jihad), e outros membros da diáspora palestina, como Salah Khalaf e Khaled Yashruti. É a maior facção da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), uma confederação multipartidária. Pode ser definido como um partido de centro-esquerda no contexto da política palestina. É essencialmente nacionalista. O partido é menos radical que o Hamas e atualmente prega a reconciliação entre palestinos e israelenses. Esta é uma das principais razões de sua aceitação internacional.
            Após confrontos com tropas israelenses, em 11 de junho de 2007, o Hamas toma o controle da cidade de Beit Hanoun, no norte da Faixa de Gaza. Em 13 de junho, o Hamas já tem o controle de toda região norte da Faixa de Gaza. Depois da Batalha de Gaza de 2007, o Hamas perdeu suas posições na Autoridade Palestina na Cisjordânia, sendo substituído por integrantes do Fatah e independentes.
            Os conflitos entre esses povos, como se pode notar vem de longa data, e nada mais é do que uma briga por território.