19 de outubro de 2012

Vida selvagem


            Saiu o nome do vencedor do prêmio Veolia Environnement Wildlife Photographer of the Year, que considera fotos tiradas na vida selvagem.
            Ele é Paul Nicklen, do Canadá, que tirou uma foto de pingüins imperador na borda congelada do Mar de Ross, na Antártida. Paul aguardava o retorno dos pingüins, permanecendo imóvel na água gelada e usar um snorkel para respirar. Incrível.


O vencedor do prêmio Júnior foi Owen Hearn, que tirou sua foto intitulada caminhos de Vôo" na fazenda de seus avós, em Bedfordshire, no Reino Unido. O que chama atenção na foto é o contraste da ave com o avião, algo que chega até parecer montagem. Owen tem apenas 14 anos.


Steve Winter (EUA), foi o vencedor do Prêmio Fotojornalista - animais selvagens. O animal é um dos estimados 400 tigres de Sumatra, que estão em uma situação crítica, com perigo de extinção. Essa foto foi feita com uma câmera que capta a imagem pelo movimento. Steve programou o aparelho e o instalou no local aconselhado por um guarda florestal.



Gregoire Bouguereau, da França, venceu a categoria Comportamento - instinto.


O brasileiro Luciano Candisani foi o vencedor na categoria Comportamento - sangue frio. Sua imagem mostra um jacaré à espreita nas águas rasas, águas turvas do Pantanal do Brasil.


Organizado pelo Natural History Museum de Londres (NHM) e BBC Wildlife Magazine, a competição WPY está agora em sua 48ª edição. Uma exposição das melhores fotos começa nesta sexta-feira no NHM e vai até março.





A internet reprograma seu cérebro?


A idade moderna trouxe um novo conjunto de preocupações. Estariam as mensagens instantâneas erodindo o centro de atenção de nossos cérebros? Estariam Facebook, Twitter e outras ferramentas de mídia social nos impedindo de formar laços humanos normais? Sem falar do e-mail - aparentemente ele libera os neurotransmissores mesmos viciantes como o crack, segundo a BBC. 
            Há uma boa e uma má notícia vindo da neurociência. Na verdade, tudo que você faz muda seu cérebro. Tudo. Cada pensamento, gesto ou ação – como preparar um café. Assim, a resposta é sim, a internet está reprogramando o seu cérebro, assim como assistir televisão ou lavar roupa. Tudo o que fizermos deixará vestígios no cérebro.
            O medo da internet é o mais recente em uma longa linha de medos que sociedade tem sobre as mudanças tecnologias podem trazer – toda e qualquer mudança sempre é alvo de medo e rejeição. Até a escrita já foi alvo de críticas de Sócrates, que dizia que iria acabar com a capacidade dos jovens para se lembrar.
            Agora, poderia a internet afetar nossos cérebros de uma forma negativa? Sabemos que jovens que crescem com tecnologia têm uma forma de pensar não linear, transitando entre diversos assuntos sem necessariamente concluir algum deles, além da habilidade de fazer várias coisas ao mesmo tempo – é como ter várias páginas da internet sem ligação entre si abertas dentro da mente. Mas essas mudanças são necessariamente ruins? O novo “medo que está na moda” é que tenha algo ruim escondido aí.
            Contudo, como já foi dito, tudo o que é novo assusta. A agência box1824 fez um vídeo que ilustra isso, além de transcorrer sobre outros assuntos, como a diferença entre gerações.




O que acontece quando a euforia acaba?


A revolução na Tunísia, em 2011, derrubou o ditador Zine El-Abidine Ben Ali, abrindo espaço para as primeiras eleições democráticas no país em 23 anos. Após meses de protesto, começou o início da chamada Primavera Árabe – que inspira revoluções no Oriente Médio que até hoje contra governos ditatoriais, como por exemplo na Síria.
            O presidente eleito pelo povo tunisiano foi o ex-exilado de guerra Moncef Marzouki, que é formado em medicina e opositor de longa data do ditador Ben Ali – Marzouki foi preso diversas vezes na década de 1990. O novo presidente fundou o Comitê Nacional em Defesa dos Prisioneiros de Consciência e foi presidente da Comissão Árabe de Direitos Humanos. Em 2002, já durante seu exílio na França, fundou ao lado de outros tunisianos na mesma situação, o partido político Congresso pela República.
            Moncef dizia que o único método para derrubar Ali era a partir de um movimento popular que empregasse os métodos da resistência civil, e não revoltas armadas. Em 2011 ficou-se provado que ele estava certo, e o médico voltou para a Tunísia onde anunciou sua candidatura, e foi eleito presidente interino pela nova Assembleia Constituinte da Tunísia, em outubro de 2011.
            Mas, quando a festa acaba, começa o trabalho. “Marzouki, ativista pelos direitos humanos, deve agora liderar o Estado que o aprisionou. Poderá ele transformar o Estado?” Essa é a pergunta do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, em entrevista com Moncef Marzouki, para o terceiro episódio da série “O mundo amanhã”. “Estou descobrindo que o fato de ser chefe de Estado não significa que você tenha todo o poder”, diz o líder tunisiano.
            A série “O mundo amanhã” é publicada pelo Radar Global e sai sempre às quartas-feiras. A primeira temporada possui 12 episódios, enquanto a segunda continua em andamento e conta com três. Assista a entrevista: