2 de agosto de 2011

Brasil, um país sectário

O Censo Demográfico de 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que a população negra superou a branca. Foram contabilizadas 97 milhões de pessoas que se declararam negras, ou seja, pretas ou pardas (na nomenclatura do IBGE), e 91 milhões de pessoas brancas.
Assim o Brasil passou a ser um país de minoria branca. O discurso de defesa de minorias, através do uso do recurso de cotas para negros ou pardos, cai por terra.
O fato de ser negro não significa ser mais ou menos competente do que branco, amarelo, ou vermelho. Porém, quando se dá cotas em universidades, por exemplo, para um determinado grupo social, automaticamente está se reconhecendo, em linhas gerais, falta de capacidade de competição deste grupo. Essa é a regra comum e conhecida.
Em uma conversa de fim de semana com amigos entrou em discussão o país sectário que o Brasil esta se transformando. Alguém na mesa comentou que jamais iria procurar um médico negro (por exemplo) já que esse profissional entrou na faculdade de medicina por cota e não por mérito. Não seria um profissional confiável.
Acaba-se nivelando por baixo e penalizando cruelmente aqueles negros ou mestiços com competência e méritos próprios em função de outro grupo - que todos sabemos que existe entre os brancos também - os que não são adeptos ao esforço para ganhar a sua vida econômica e profissional.
Essa discriminação veio de uma cópia torpe do modelo americano de cotas. Aqueles que importaram o modelo desconhecem o detalhe fundamental. A História dos dois países. Cópias puras de modelos de culturas pouco parecidas acabam transformando um país que não era racista num país brutalmente racista e ainda mais injusto.

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