10 de outubro de 2012

Paris, a cidade da arte de rua


De acordo o editor da Revista de Arte, sediada em Paris, a capital francesa foi uma das percursoras na arte de rua, que começou a partir dos anos 60. As ruas de Paris, nessa época, se viam repletas com cartazes colados, e nos muros surgiam os primeiros artistas, como Jef Aerosol, na década de 1980 - muito mais cedo do que outras cidades ao redor do mundo.
            Muitas vezes visto como um “pichação”, ou “coisa de vagabundo”, hoje a arte de rua é amplamente conhecida. Artistas como Keith Haring, Jean-Michel Basquiat, que tem sua obra exposta no Louvre, ou até os brasileiros apelidados de Gêmeos, conseguiram um reconhecimento de sua arte. Hoje, conseguimos olhar para um muro desenhado e reconhecer a arte de rua – favor não confundir com a pichação.
            Pensando nisso, a BBC adentrou as ruas de Paris – uma das cidades pioneiras nessa arte – e fez um ensaio fotográfico do resultado:



O artista pintou em 350m²a sua obra intitulada Chuuutt! (Shh!), localizada ao lado do Centro Pompidou, foi criado em 2011. 



O parisiense Jérôme Mesnager, artista que fazia parte da cena emergente de Paris na arte de rua. Sua obra - um símbolo de força, luz e paz - aparece em todo o mundo, incluindo sobre a Grande Muralha da China. Este mural foi criado em 1995, no bairro Ménilmontant de Paris e foi inspirado pela famosa pintura de Matisse, La Danse.

                             

O artista francês Nemo, começou a pintar a sombra de um homem vestindo um casaco e um chapéu na década de 1990.  Neste mural Ménilmontant, ele está em uma bicicleta cercado pelos itens que acompanham o homem sempre em cada obra: um gato preto, um papagaio, um guarda-chuva e uma mala com o nome Nemo, o que significa "ninguém" em latim.  


Thoma Vuille, artista suíço também conhecido como M. Chat (pronunciado Monsieur Chat, o significado é Mr Cat, ou Sr. Gato), pintou a primeira obra - inicio do que se tornaria sua assinatura artisca, gatos em amarelo -  em 1993. O gato sorrindo dos desenhos animados é geralmente visto no ponto mais alto e menos acessível, embora essa peça seja retratada no chão, pintada em julho de 2012, às margens do Canal St Martin no distrito 19 de Paris. 


Paris é um destino para alguns dos nomes maiores do mundo da arte de rua. A americana Shepard Fairey, famosa por sua figura Obey, bem como o icônico cartaz da campanha que ele criou para presidente dos EUA, Barack Obama, em 2008, pintou esta enorme mural no 13 º arrondissement, em junho de 2012. Ele tinha o apoio total do conselho local e pintou na frente de uma multidão de espectadores entusiasmados. 

                               
 O artista Português Alexandre Farto, conhecido como Vhils, é outro artista internacionalmente conhecido. O português, que já colaborou com Banksy em Londres, decorado a capital com vários murais neste verão - para coincidir com a sua exposição na cidade de Magda Danysz. Ao invés de pintar ou colar suas obras em paredes, Vhils esculpe o muro, tirando as camadas de tinta da superfície da parede para esculpir rostos.

Facebook abre a 'Rota do Sucesso'


Segundo o Instituto Brasileiro de Pesquisas Tecnológicas (IBPT), mais de 10 milhões de micro e pequenas empresas fazem parte do universo corporativo nacional. Pensando nisso, o Facebook (operação brasileira) resolveu adotar uma medida mais ativa em relação à essas empresas, que considera um dos cinco principais mercados para a conversão de anúncios online. A empresa lançou, em maio, um programa de consultoria para empreendedores.
            O nome Rota do Sucesso, é o programa de instrução para empresários fazerem uso do Facebook. Na verdade, isso funciona como um bônus. Quem possui uma cota de propaganda a partir de R$ 1,5 mil para 30 dias, ganha o serviço – que é válido por um mês.
            Os interessados em utilizar a ferramenta como estratégia de comunicação poderão contar com seminários pela internet, o primeiro a ser realizado será no dia de hoje (10). Ele trará dicas de como usar o site pelas empresas. Para se cadastrar, é só entrar no site do Facebook para empresas. O suporte é feito online e por telefone.
            “A estratégia passa pela educação digital. A gente entende que o empresário carece de empresas e entidades que ensinem a fazer melhor o planejamento e as coisas do dia a dia”, afirma Ricardo Vianna, gerente de marketing para pequenas e médias empresas do Facebook, para o Estadão. “Nossa equipe vai avaliar a estratégia da empresa e traçar um plano desde a criação de páginas, anúncio e publicações para que a gente consiga fazer o pequeno empresário alcançar o objetivo. Esse valor mínimo (de RS 1,5 mil por mês) a gente retirou de alguns estudos internos, porque não adianta nada dar a consultoria se o pequeno empresário não investe, não tem uma estratégia por trás(...)Vamos tratar do que chamamos por ‘quatro passos para o sucesso’. Passa pela criação da página no Facebook, depois a construção de sua base de fãs com anúncios e, em seguida, a publicação de conteúdos relevantes para que esses usuários fiquem engajados com sua página e, por fim, você influencia os amigos dos fãs utilizando um formato de anuncio que chama histórias patrocinadas”, completa.





Pelo direito de reivindicar


Malala Yousafzai, de 14 anos, uma menina que luta pelo direito à educação de garotas no Talebã, já levou um tiro na cabeça e nesta terça-feira (10) voltou a ser ameaçada.
            Segundo a BBC, Ehsanullah Ehsan, porta-voz dos talebãs, disse que ela foi alvo do ataque por "promover o secularismo". "É uma regra muito clara da Sharia [a lei islâmica] que qualquer mulher, que por qualquer meio tenha um papel na guerra contra os mujahedins [termo pelo qual os militantes são conhecidos], deveria ser morta", disse Ehsan, após afirmar que, se sobreviver ao tiro, Malala não será poupada.
            A garota tornou-se conhecida em 2009, quando tinha apenas 12 anos, porque manteve um blog Diário de uma estudante paquistanesa na BBC Urdu. Segundo ela, neste diário, foram fechadas em 2009 mais de 150 escolas para meninas, além de as garotas viverem sob uma ameaça de ataques às escolas femininas. "Na volta da escola para casa, ouvi um homem dizendo 'eu vou te matar'. Eu acelerei o passo e depois de um tempo olhei para trás para ver se ele ainda me seguia, mas para o meu alívio ele estava falando com alguém no celular e deve ter ameaçado outra pessoa pelo telefone", fala Malala no seu diário.
            Logo após ter a bala retirada de sua cabeça pelos médicos, a garota voltou a receber ameaças. O caso causou diversos protestos por todo o mundo e para MIlyas Khan, analista da BBC em Islamabad, em entrevista para a BBC de Londres, a vida família jamais será a mesma. É provável que ela forçada a buscar asilo político em outro país. Malala permanece internada e estável.
            Guardando as devidas proporções, o caso lembra a história da menina Isadora Faber, de 13 anos. A florianopolitana criou uma página no facebook intitulada Diario de Classe para fazer reclamações sobre o estado das escolas públicas. Isadora já teve que ir à delegacia prestar esclarecimento, porque uma professora sua a acusou – por vias legais – de calúnia. A estudante também sofreu ameaças da diretora da escola em que frequenta, e segundo sua mãe Mel Faber para a Universia Brasil, até a merendeira da escola tem repreendido a menina publicamente devido sua página no facebook. Uma professora chegou a escrever no próprio Diário de Classe para Isadora “deixar de trilhar caminhos obscuros ou terá um futuro triste".
            Contudo, o que mais preocupa a família, são as ameaças feitas anonimamente pela página.  “Te pego na saída”, “vou te pegar na rua”, entre outras coisas ameaçam a integridade física da menina – a emocional seus professores já fizeram o favor de abalar. Segundo sua mãe, Mel Faber, uma professora chegou a fazer uma aula sobre internet para humilhar a menina, que chegou em casa arrasada.
            No talibã, ou no Brasil, duas meninas que tentam lutar pelos seus direitos sofrem represálias públicas por isso, e nenhum governo faz nada. Tudo o que elas querem é o direito ao estudo.