As perspectivas quanto à demanda no varejo para os próximos meses são de crescimento. O aumento da atividade comercial é natural nessa época do ano, pois é quando a indústria começa a atender as encomendas dos clientes para o fim do ano.
Esse ano a indústria brasileira estará competindo ferozmente com os artigos importados, haja vista a valorização do Real nos últimos meses, e por conta disso correrá o risco de terminar o ano com algum estoque.
O Governo tenta segurar a valorização do Real em relação ao Dólar utilizando instrumentos que aumentam a sua volatilidade, e sem muito efeito no médio prazo. Talvez a finalidade seja inserir mais risco aos investimentos estrangeiros, mas esta intenção poderá se transformar numa grande dor de cabeça, já que no Brasil falta capital para melhorar a sua infraestrtura.
O Governo também analisa a possibilidade de criar uma nova tributação, agora, incidindo diretamente sobre as ações. Esse ato poderá baixar a liquidez da bolsa de valores, levando as empresas, que necessitam de capital, ter que adiar seus IPOs e ir para o mercado financeiro tomar dinheiro emprestado. Este efeito aumentará a despesa financeira nos seus balanços, fazendo com que tenham que repassar esse custo para o preço dos produtos e, tornando assim, a concorrência com os importados mais difícil.
28 de outubro de 2010
25 de outubro de 2010
Previdência sem prudência
A Constituição Federal, de 1988, trouxe para o Brasil um fardo imenso. O Congresso Nacional, há mais de vinte anos, trouxe para dentro da Previdência Social, a previdência Rural. Pessoas que nunca haviam feito nenhuma contribuição, passaram a ter o direito de receber as suas aposentadorias.
Para que possamos melhor entender as conseqüências deste ato, vou discorrer aqui, a partir de informações da Assessoria de Comunicação do Ministério Previdência Social, sobre o que, até hoje, ainda ocorre:
A Previdência Social registrou, em setembro deste ano, o sétimo superávit consecutivo no setor URBANO. O SALDO POSITIVO entre arrecadação e pagamento de benefícios foi de R$ 1,339 bilhão – excluindo o pagamento de sentenças judiciais, a Compensação Previdenciária (Comprev) entre o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e os regimes próprios de Previdência Social (RPPS) de estados e municípios, além da antecipação da primeira parcela do 13º salário e o retroativo do reajuste (7,2%).
Já no acumulado dos nove primeiros meses do ano, o resultado positivo foi de R$ 7,466 bilhões.
Em setembro, a arrecadação líquida URBANA foi de R$ 16,7 bilhões, o segundo maior valor arrecadado pela Previdência Social este ano e o terceiro maior valor na série histórica, desconsiderados os meses de dezembro, nos quais há incremento significativo de arrecadação em virtude do 13º salário.
No setor RURAL, foram arrecadados R$ 411,8 milhões e a despesa com pagamento de benefícios foi de R$ 3,5 bilhões. A diferença entre arrecadação e despesa gerou necessidade de financiamento para o setor RURAL de R$ 3,1 bilhões.
Aparentemente a solução do déficit da previdência irá se estender ainda por muitos anos, pois se some a isso o fato da longevidade crescente de toda população brasileira.
Para que possamos melhor entender as conseqüências deste ato, vou discorrer aqui, a partir de informações da Assessoria de Comunicação do Ministério Previdência Social, sobre o que, até hoje, ainda ocorre:
A Previdência Social registrou, em setembro deste ano, o sétimo superávit consecutivo no setor URBANO. O SALDO POSITIVO entre arrecadação e pagamento de benefícios foi de R$ 1,339 bilhão – excluindo o pagamento de sentenças judiciais, a Compensação Previdenciária (Comprev) entre o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e os regimes próprios de Previdência Social (RPPS) de estados e municípios, além da antecipação da primeira parcela do 13º salário e o retroativo do reajuste (7,2%).
Já no acumulado dos nove primeiros meses do ano, o resultado positivo foi de R$ 7,466 bilhões.
Em setembro, a arrecadação líquida URBANA foi de R$ 16,7 bilhões, o segundo maior valor arrecadado pela Previdência Social este ano e o terceiro maior valor na série histórica, desconsiderados os meses de dezembro, nos quais há incremento significativo de arrecadação em virtude do 13º salário.
No setor RURAL, foram arrecadados R$ 411,8 milhões e a despesa com pagamento de benefícios foi de R$ 3,5 bilhões. A diferença entre arrecadação e despesa gerou necessidade de financiamento para o setor RURAL de R$ 3,1 bilhões.
Aparentemente a solução do déficit da previdência irá se estender ainda por muitos anos, pois se some a isso o fato da longevidade crescente de toda população brasileira.
24 de outubro de 2010
Quanto custa um Big Mac
A revista britânica “The Economist” criou em setembro de mil novecentos e oitenta e seis, a partir de uma idéia bem humorada para um indicador econômico, o índice Big Mac, referindo-se ao sanduiche vendido nas lojas da rede fast food de franqueados McDonald's, em todo o mundo.
Esse indicador, tenta trazer uma idéia informal do poder de compra entre os trabalhadores médios dos diversos países, relacionados ao valor das suas moedas.
A forma convencional para se estabelecer a comparação entre as taxas de câmbio entre duas moedas é de que elas devem se ajustar ao mesmo custo de uma mesma cesta de bens e serviços.
No caso do índice Big Mac, essa cesta é reduzida ao sanduiche.
Assim, a taxa de câmbio é calculada dividindo-se o preço de um Big Mac de um país pelo preço do mesmo sanduiche em outro que se quer comparar. Esse resultado é confrontado com a taxa de câmbio oficial.
Se esse número é maior que o oficial, então significa que o primeiro país está com a moeda sobrevalorizada.
Este mês foi publicado o valor do sanduiche em alguns países. Feita a comparação com as taxas de câmbio, o resultado foi a exposição de algumas situações já conhecidas.
Para iniciar, o Big Mac nos Estados Unidos custa três dólares e setenta e um centavos e em média quatro dólares e setenta e nove centavos na comunidade européia. O Euro estaria, portanto, com valorização de vinte e nove por cento.
Na China o Big Mac custa dois Dólares e dezoito centavos, o que significa que o Yuam está desvalorizado em cerca de quarenta e um por cento.
Na Argentina, um Dólar e setenta e oito centavos, desvalorização de cinqüenta e dois por cento
Quando falamos de Brasil, só ficamos atrás da Suíça, em termos de valor de moeda. Um Big Mac aqui custa, na média, cinco Dólares e vinte e cinco centavos, traduzindo uma valorização aproximada de quarenta e dois por cento. Por essa conta a taxa de do Dólar deveria estar hoje em torno de dois Reais e quarenta centavos.
Todos sabem que o índice Big Mac não é um instrumento preciso de medição de valor de moeda, mas alerta para a paridade do poder de compra em um trabalhador brasileiro médio e o seu correspondente suíço, americano, argentino, etc.
O que vemos é que a capacidade de compra de bens e serviços de um brasileiro, hoje, está muito acima do que podemos chamar de índice de desenvolvimento do país. Podemos estar sentados sobre uma bomba relógio!
Esse indicador, tenta trazer uma idéia informal do poder de compra entre os trabalhadores médios dos diversos países, relacionados ao valor das suas moedas.
A forma convencional para se estabelecer a comparação entre as taxas de câmbio entre duas moedas é de que elas devem se ajustar ao mesmo custo de uma mesma cesta de bens e serviços.
No caso do índice Big Mac, essa cesta é reduzida ao sanduiche.
Assim, a taxa de câmbio é calculada dividindo-se o preço de um Big Mac de um país pelo preço do mesmo sanduiche em outro que se quer comparar. Esse resultado é confrontado com a taxa de câmbio oficial.
Se esse número é maior que o oficial, então significa que o primeiro país está com a moeda sobrevalorizada.
Este mês foi publicado o valor do sanduiche em alguns países. Feita a comparação com as taxas de câmbio, o resultado foi a exposição de algumas situações já conhecidas.
Para iniciar, o Big Mac nos Estados Unidos custa três dólares e setenta e um centavos e em média quatro dólares e setenta e nove centavos na comunidade européia. O Euro estaria, portanto, com valorização de vinte e nove por cento.
Na China o Big Mac custa dois Dólares e dezoito centavos, o que significa que o Yuam está desvalorizado em cerca de quarenta e um por cento.
Na Argentina, um Dólar e setenta e oito centavos, desvalorização de cinqüenta e dois por cento
Quando falamos de Brasil, só ficamos atrás da Suíça, em termos de valor de moeda. Um Big Mac aqui custa, na média, cinco Dólares e vinte e cinco centavos, traduzindo uma valorização aproximada de quarenta e dois por cento. Por essa conta a taxa de do Dólar deveria estar hoje em torno de dois Reais e quarenta centavos.
Todos sabem que o índice Big Mac não é um instrumento preciso de medição de valor de moeda, mas alerta para a paridade do poder de compra em um trabalhador brasileiro médio e o seu correspondente suíço, americano, argentino, etc.
O que vemos é que a capacidade de compra de bens e serviços de um brasileiro, hoje, está muito acima do que podemos chamar de índice de desenvolvimento do país. Podemos estar sentados sobre uma bomba relógio!
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