1 de março de 2022

Putin e seus neonazistas

Militares ucranianos capturaram um comandante Wagner, da unidade APC de mercenários russos, perto de Ovruch.  No vídeo do interrogatório, publicado pelo aplicativo Telegram do Pravda Gerashchenko (https://t.me/Pravda_Gerashchenko/1067), o homem diz no vídeo que participou na operação da Rússia na Síria, ganhando US$ 60 por dia. Pela participação na guerra contra a Ucrânia, ele recebe 56 mil rublos por mês, mais 2% quando está do campo, e que é somado mais de 23 mil rublos ao seu salário mensal.











        Fonte: https://ua.korrespondent.net

Vladimir Putin, o ditador cínico da Rússia, justificou a invasão da Ucrânia, dizendo que era preciso também “desnazificar” o país vizinho — uma mentira descarada, visto que os ucranianos vivem (ou viviam, até serem agredidos covardemente) sob um regime democrático e que respeita as minorias, ao contrário do que ocorre na Rússia. O cinismo de Vladimir Putin fica ainda mais evidente depois que se assiste ao extraordinário documentário francês Wagner, o Exército das Sombras de Putin, realizado pelas jornalistas Ksenia Bolchakova e Alexandra Jousset. O filme, exibido no canal France 5, mostra como funciona a força mercenária Wagner, da Rússia, que tem como fundador um nazista: Dimitri Outkine (foto). Admirador de Adolf Hitler, ele tem nos ombros, próximas ao pescoço, duas tatuagens com o símbolo da SS, a tropa de elite encarregada da “Solução Final” contra os judeus. Uma terceira tatuagem, no peito direito, traz a águia do Terceiro Reich. O nome da força mercenária é homenagem ao compositor Richard Wagner, o preferido de Hitler. Sim, Vladimir Putin, que diz querer “desnazificar” a Ucrânia, tem um neonazista que faz serviços sujos para ele.

O ditador russo sempre negou qualquer ligação com os mercenários da Wagner, mas se trata de mais uma mentira dele. O nazista Dimitri Outkine, mostra o documentário, é frequentador do Kremlin — há imagem dele numa recepção na sede do governo russo — e foi condecorado por Vladimir Putin. A Wagner conta com 10 mil homens e 400 deles se encontram hoje na Ucrânia. Desde 2014, quando a Crimeia foi invadida, eles perpetram ações desestabilizadoras no país vizinho, em especial nas regiões separatistas de Donbas, cuja “independência” foi recentemente reconhecida por Vladimir Putin. Uma das missões da Wagner na Ucrânia é assassinar o presidente Volodymyr Zelensky.

O documentário Wagner, o Exército das Sombras de Putin levou um ano para ser feito e é trabalho de excelência jornalística, fartamente documentado e que tem o testemunho de um ex-integrante da força mercenária, veterano da guerra na Síria. As suas realizadoras foram ameaçadas de morte, mas não se intimidaram. Ao final, não resta dúvida de que a Wagner é uma espécie de SS de Vladimir Putin, o ditador cínico que quer “desnazificar” a Ucrânia democrática e conta com uma força mercenária fundada e chefiada por um neonazista.

Fonte: https://www.oantagonista.com

Yuval Noah Harari diz que Putin já perdeu a guerra contra a Ucrânia


Em artigo publicado na segunda-feira (28) no britânico The Guardian, o historiador, filósofo e  professor universitário e escritor israelense Yuval Noah Harari diz que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, já perdeu a guerra contra a Ucrânia. O autor do livro "Sapiens - Breve História da Humanidade" diz que o líder russo pode conquistar o país vizinho, mas dificilmente vai controlar os ucranianos.

“A cada dia que passa, fica mais claro que a aposta de Putin está falhando. O povo ucraniano está resistindo de todo coração, conquistando a admiração do mundo inteiro  e vencendo a guerra.” Yuval Noah Harari, em artigo publicado no The Guardian.

"Muitos dias sombrios estão por vir. Os russos ainda podem conquistar toda a Ucrânia. Mas para vencer a guerra, os russos teriam que controlar a Ucrânia, e eles só podem fazer isso se o povo ucraniano permitir. Isso parece cada vez mais improvável de acontecer", escreveu o filósofo.

Harari vê no ódio do povo ucraniano, pelas mortes de seus compatriotas, mais uma dificuldade para os russos. Na opinião de Harari a resistência da Ucrânia contribui para a união entre os ucranianos e uma aversão à Rússia. “Ao derramar cada vez mais sangue ucraniano, Putin garante que seu sonho nunca será realizado.”

Yuval Noah Harari é historiador, filósofo e autor de "sapiens" (2014), "homo deus" (2016) Ele é um palestrante na Universidade Hebraica do Departamento de História de Jerusalém e co-fundador da Sapienship, uma empresa de impacto social.

Visa e Mastercard bloquearam o acesso a vários bancos russos

 


Os sistemas internacionais de pagamento Visa e Mastercard começaram a desconectar as instituições financeiras russas do serviço, para garantir o cumprimento das sanções impostas à Rússia pela guerra na Ucrânia. Relatórios sobre isso apareceram nos sites das empresas.

Sim, a Visa está tomando "medidas operacionais" e se declarou disponível para possíveis novas restrições no caso de sua introdução.

"Nossos pensamentos estão com o povo ucraniano e todos os afetados. Esperamos um acordo pacífico em um futuro próximo", disse a empresa.

Mais cedo, a Mastercard também anunciou que havia desconectado várias instituições financeiras russas de seu sistema de pagamento devido a sanções , mas não especificou quais bancos estavam envolvidos.

"A invasão das forças armadas russas na semana passada foi devastadora para o povo da Ucrânia. Como resultado das sanções, bloqueamos várias instituições financeiras (RF) na rede de pagamentos Mastercard", diz o comunicado.

Esta informação foi confirmada no Telegram pelo Ministro da Transformação Digital Mikhail Fedorov.

"A Mastercard e a Visa bloquearam o acesso ao sistema de pagamento de vários bancos russos. Anteriormente, o presidente da Ucrânia pediu à Mastercard e à Visa que bloqueassem os sistemas de pagamento na Rússia. Isso significa que os cartões funcionarão apenas na Rússia. No exterior e em lojas online estrangeiras - não."