Uma pesquisa
americana realizada por pediatras especialistas em disciplinar crianças deu uma
noticia que poderá mudar o sistema de educação de escolas como conhecemos hoje.
Segundo o grupo, educar crianças com suspensão ou expulsão da escola é contraproducente e só deve ser usado em
casos especiais.
A declaração de política da Academia
Americana de Pediatria (AAP) recomenda que os pediatras defendam estratégias de
prevenção e alternativas para o caso. "Os dados sugerem que os alunos que
estão envolvidos no sistema de justiça juvenil são susceptíveis de terem sido
suspensos ou expulsos. Além disso, os estudantes que vivenciam suspensão fora
da escola e expulsão têm até 10 vezes mais chances de abandonar o ensino médio
do que aqueles que não o fazem ", escrevem os especialistas na revista
Pediatrics, "O efeito da suspensão e expulsão no aluno pode ser
profunda", acrescentam.
A Associação Americana de Psicólogos
Escolares, em declaração, diz que apoia totalmente a AAP nesse assunto. Segundo
os psicólogos, essas ações não são eficazes para melhorar o comportamento em
geral.
O olhar para a criança e o
adolescente vêm mudando constantemente, principalmente quando se trata de
disciplina-los. As famosas palmadas corretivas, por exemplo, já foram proibidas
no Brasil – apesar de não estar extinguida de fato. Para aqueles que são contra
essas mudanças, que acreditam que criança precisa ter agressão – física, verbal
ou moral como no caso descrito acima – para haver disciplina, vamos voltar o
olhar para um tempo mais remoto, a Idade Média.
Nesse período, eles acreditavam que
crianças não tinham alma, e passavam a ser “gente” com 7 anos de idade. Nessa época,
formavam-se mini adultos, já que a criança iniciava no trabalho do pai, da mãe
ou de algum tutor, o conceito de infância não existia. Daremos um salto para a
revolução industrial. O conceito de criança não era respeitado. Mais um salto
para a década de 1920, 1930, 1940, onde alunos com mal comportamento deviam se
ajoelhar em milho, ou apanhar de vara.
Achamos absurdos esses
comportamentos com a infância e adolescência. Cada passo que damos é para
melhorar cidadãos, e não piora-los. Vale lembrar que o estatuto da criança e do
adolescente foi instituído no Brasil no dia 13 de julho de 1990, há apenas 22
anos atrás. A criança e o adolescente precisam ser vistos com prioridade, e ter
suas necessidades atendidas, seja na escola, em casa, para crescer com valores
morais, e se tornar cidadãos. Vamos respeitar a infância e suas necessidades.