A 85ª edição do
Oscar, a maior premiação de filmes, acontecerá neste domingo (26), onde o mundo
conhecerá os vencedores das estatuetas do Oscar 2013. O evento acontece em Los
Angeles, e terá como apresentadores Salma Hayek, Melissa McCarthy, Liam Neeson
e John Travolta.
Os
diretores que concorrem ao prêmio de melhor filme deram declarações sobre suas
obras e o que pensam delas. Veja abaixo:
Kathryn Bigelow sobre A
hora mais escura, - “Se existe alguma resistência específica contra
mulheres que fazem filmes, eu simplesmente escolhi ignorar isso como um
obstáculo por duas razões: eu não posso mudar meu gênero e me recuso a parar de
produzir filmes. É irrelevante quem dirigiu um filme, o importante é que você
ou responde a ele ou não”.
Steven Spielberg sobre Lincoln - “Quanto
mais velho eu fico, mais vejo os filmes como milagres. É difícil agradar o público
se você só entregar efeitos especiais, mas é fácil se houver uma boa história.
O público também é o crítico mais severo – uma boa história que existe no seu
mundo pode não ser a preferida da audiência. Então eu só faço o melhor que eu
posso”.
Tom
Hooper sobre Os miseráveis - “Muito
do cinema hoje é basicamente o ato de evitar. É distração, anulação, fantasia
irresponsável. “Os Miseráveis”, de alguma forma, não é isso. Ele consegue
chegar aos lugares difíceis. É escapismo com uma bússola moral. E eu não estou
tão certo de que as pessoas sabem o quão difícil foi fazer o filme alcançar o
que ele alcançou”.
Benh
Zeitlin sobre Indomável sonhadora
- “Pré-produção é como um pequeno animal
que você está criando. E é como um tigre, você cria ele até que ele esteja
muito maior e mais forte e mais rápido do que você, e você não consegue
controlá-lo. Você o deixa solto e então tem que persegui-lo. Por isso, para
todo mundo que trabalhou em “Indomável Sonhadora”, [o filme] foi como um evento
esportivo, uma caçada. Os filmes são secundários. A perseguição desse tigre vem
em primeiro lugar”.
David
O. Russell sobre O lado bom da vida -
“Você tem que transmitir [para a equipe] o quanto aquilo significa para você de
uma maneira pessoal, o que faz com que todos se envolvam mais. Pode acontecer
de você chegar [ao set] e toda a energia estar dissipada, estar tudo caótico.
Aí você quer que todos estejam sentindo o mesmo que você.”
Ang
Lee sobre As aventuras de Pi - “Nada
permanece imóvel. Isso é importante em meus filmes. As pessoas querem acreditar
em algo, querem se apoiar em algo para se sentirem seguras e querem confiar
umas nas outras. Mas as coisas mudam. Dado um tempo suficiente, nada permanece
imóvel. Acho que a busca por segurança e a falta dela também são coisas
importantes em meus filmes”.
Michael
Haneke sobre Amor - “Filmes que são entretenimento dão respostas
simples, mas acho que isso é, em última análise, mais cínico, já que nega ao
espectador espaço para pensar. É dever da arte fazer perguntas, não fornecer
respostas. E se você quer uma resposta mais clara, vou ter que recusar”.
Quentin
Tarantino sobre Django livre - “Quando as pessoas me perguntam se eu fui
para a faculdade de cinema, eu digo “Não, eu fui ao cinema”. Filmes são a minha
religião e Deus é meu patrono. Tenho a sorte de estar em uma posição em que não
faço filmes para pagar minha piscina. Quando faço um filme, quero que ele seja
tudo para mim, como se eu fosse morrer por ele”.
Ben
Affleck sobre Argo - “Os militares, os filmes e os nossos serviços
de inteligência estão inventando coisas. O cinema [inventa em favor] da arte e
do entretenimento. Os serviços de inteligência, para Deus sabe o quê. Esse é um
dos temas da nossa história (“Argo”): o poder da narrativa, quer seja no teatro
político, relacionada às crianças ou tentando tirar pessoas do perigo. Contar
histórias é algo incrivelmente poderoso”.