18 de fevereiro de 2013

Carnaval 2013

O brilho do carnaval 2013


Um dançarino da escola de samba Nenê da Vila Matilde durante um desfile de carnaval em São Paulo, em 9 de fevereiro de 2013. (AP Photo / Andre Penner)


Desfile da Portela, durante a primeira noite do Carnaval no Rio de Janeiro, em 11 de fevereiro de 2013. (Antonio Scorza / AFP / Getty Images)


Passista da Beija Flor, Rio de Janeiro, 12 de fevereiro de 2013. (AP Photo / Felipe Dana)


Uma artista da escola de samba São Clemente é lançada no ar, Rio de Janeiro, 12 de fevereiro de 2013. (AP Photo / Silvia Izquierdo)


Passista de Vila Isabel, Rio de Janeiro, em 12 de fevereiro de 2013. (REUTERS / Sergio Moraes)



Um homem pinta uma escultura da Grande Rio, no Rio de Janeiro, em 22 de janeiro de 2013. (AP Photo / Felipe Dana)



 Diana Prado, à direita,  se prepara para um desfile de carnaval na estação central no Rio de Janeiro. Apesar de passistas serem as atrações do Carnaval, eles não estão na folha de pagamento da escola de samba que representam. (AP Photo / Felipe Dana)


Foliões da Unidos da Tijuca,  Rio de Janeiro, em 10 de fevereiro de 2013. (REUTERS / Ricardo Moraes)

Performance da Beija Flor, Rio de Janeiro, 12 de fevereiro de 2013. (AP Photo / Felipe Dana)


A performance de mascarados da Uniao da Ilha do Governador,  Rio de Janeiro, 11 de fevereiro de 2013. (AP Photo / Hassan Ammar)


Mozart e a inteligência


            Provavelmente foram poucas as pessoas que nunca ouviram falar do efeito que escutar Mozart causa. Segundo essa teoria popular, se crianças e bebês ouvirem música de Mozart eles vão se tornar mais inteligente, devido algum tipo de arranjo. Uma busca simples na Internet, e você vai poder se encher de produtos do compositor para seus filhos, ou uso próprio, a fim de adquirir mais inteligência.
            A frase "o efeito Mozart" foi inventado em 1991, mas foi um estudo dois anos depois, na revista Nature, que provocou o fascínio do público sobre a ideia de que ouvir música clássica de alguma forma, melhora o cérebro. É uma daquelas teorias que parecem plausíveis, já que Mozart foi, sem dúvida, um gênio mesmo, a sua música é complexa e há uma esperança de que se ouvirmos o suficiente, nosso cérebro possa evoluir de alguma maneira a ficar um pouquinho mais rápido, lógico, criativo, ou qualquer coisa do tipo. A história tomou tal proporção que, em 1998, Zell Miller, o governador do estado da Geórgia nos EUA, pediu que dinheiro fosse reservado no orçamento do estado, de modo que cada recém-nascido poderia receber um CD de música clássica.
            Mas, Mozart não ouvia a si mesmo na infância. Será que existe alguma relação com música clássica e inteligência? Se fizermos uma pesquisa básica, sem muitos aprofundamentos, já vamos descobrir algumas falhas nos estudos sobre o “efeito Mozart”. Os autores da Universidade da Califórnia, em Irvine, pioneiros no estudo, nem sequer usam o termo "efeito Mozart". Outra questão que aponta para uma possível falha, é que a pesquisa foi realizada com estudantes jovens e adultos, partidários de estudos psicológicos, e não com crianças e bebês. Além do que, apenas 36 alunos participaram. O teste foi feito assim; em três ocasiões, eles receberam uma série de tarefas mentais para serem concluídas, e antes de cada tarefa, eles ouviram ou a dez minutos de silêncio, dez minutos de uma fita de instruções de relaxamento, ou 10 minutos de sonata de Mozart.
            Os estudantes que ouviram Mozart realizaram melhor as tarefas onde eles tiveram que criar formas em suas mentes. Por um curto período de tempo os alunos foram melhores em tarefas espaciais onde tinham de olhar para pedaços de papel dobrados com cortes neles e prever como eles apareceriam desdobrados. Mas, infelizmente, como os autores deixaram bem claro isso, esse efeito dura cerca de 15 minutos. Ou seja, ouvir Mozart não trará uma vida de genialidade.
            Outros estudos ainda foram realizados, para descobrir porque a música do compositor em questão traria esses 15 minutos citados. Uma meta-análise de 16 estudos diferentes confirmou que ouvir música leva a uma melhoria temporária na capacidade de manipular mentalmente formas, mas os benefícios são de curta duração e que não nos faz mais inteligente.

O Papa e a Igreja


Há milênios de anos a igreja católica detêm um grande poder em suas mãos. Influencia, dinheiro, etc. Quanto mais voltarmos ao tempo maior era esse poder. No ano de 1500, por exemplo, o que a Igreja Católica Apostólica Romana falasse (na maioria dos países, incluindo Portugal, nossos colonizadores que impuseram essa religião para nós nessa mesma época) deveria ser seguido. Era, literalmente uma lei, a qual o seu descumprimento era sujeito à represálias – como por exemplo a inquisição. Defender a teoria heliocêntrica – aquela de que a Terra que gira em torno do Sol, e não ao contrário – levou vários pensadores à morte (como Giordano Bruno) e outros foram obrigados a se redimir por pensar tamanha “besteira” (Galileu Galiei). Resumindo, no período medieval era a Igreja que detinha as rédeas da sociedade.
             Conforme os tempos foram passando, a ciência provando por A + B certas teorias, novos pensadores surgindo e a razão entrando na cabeça das pessoas, o clero foi perdendo esse poder. Damos um salto para o ano de 2013. Tecnologia de ponta, problemas sociais aflorando, cada vez mais pessoas  assumem ser ateus (que ainda sofrem preconceito, mas cada vez menos) , temos uma instituição que anda na contra mão de tudo isso. Uma instituição que, no meio de problemas como controle populacional e doenças sexualmente transmissíveis que alastram países de terceiro mundo, proíbe o uso de preservativos. Enquanto diversos países já aceitam legalmente o casamento homossexual, a Igreja nega o homossexualismo. A Igreja Católica Apostólica Romana proíbe o casamento de seus sacerdotes, mas faz vistas grossas para os casos de pedofilia que os mesmos cometem frequentemente – episódios como esses já foram expostos inúmeras vezes. A Igreja, no meio de tudo isso vêm perdendo forças descontroladamente.
            Eis que, em pleno carnaval no Brasil, levamos um susto. Em uma decisão inédita na instituição em 598 anos, o Papa Bento 16 anuncia a renuncia do cargo. A Vossa Santidade deixará de exercer seu cargo no dia 28 de fevereiro de 2013. Em sua carta de renuncia, ele alega estar velho, doente e cansado. Mas, a maioria dos papas que existiram tinham a mesma idade de Bento 16, e provavelmente tinham muitas doenças senis também. Em outro momento o atual Papa disse que não tinha forças para lidar com os rumos que a Igreja está tomando. Será que viria por ai uma “reformulação” da Igreja? Ou a V.S. não concorda com a parte obscura que está tendo que lidar? Isso, infelizmente é algo que nunca saberemos. Caberá aos conspiracionistas teorizar sobre o assunto, mas com certeza os pilares dessa instituição tão onipotente no passado, estão balançando.