6 de fevereiro de 2013

As cores que vemos


            Imagine você olhando para uma obra de arte e suas cores impressionantes. Você quer contar para todo mundo as cores que está vendo ali, até descrevê-las. Mas, o céu azul que eu estou vendo tem o mesmo tom de azul para as outras pessoas? Ou mais, a cor é realmente o “azul”? Talvez você tenha apenas aprendido a chamar o que você vê "azul", mas na experiência real que você está vendo não tem nada de parecido com a cor viva, rica, azul que eu vejo.
            Essa questão é mais do âmbito da filosofia do que da neurociência, por incrível que pareça. Quando você pensa sobre isso, não é claro que eu poderei ter acesso direto ao que é ser você, e você nunca poderá ter acesso direto ao que é como ser eu, ou alguém, ou alguma outra coisa , como um morcego. Essa preocupação parece mais plausível quando se considera o daltonismo, que afeta cerca de 8% dos homens e metade de um por cento das mulheres. Muitas pessoas não percebem que eles são cegos de cor. Vivem assim pelo fato de que geralmente há algumas diferença entre outras coisas a não ser cores que eles podem usar para distingui-las, tais como diferenças de tons ou textura.
            Nossa visão de cores começa com os sensores na parte posterior do olho que transformam a informação de luz em sinais elétricos no cérebro - os neurocientistas chamam fotorreceptores. Temos um número de tipos diferentes destes, e a maioria das pessoas tem três diferentes fotorreceptores de luz colorida. Estes são sensíveis aos azuis, verdes e vermelhos, respectivamente, e as informações são combinadas para permitir-nos a perceber a gama de cores. Aqueles que são daltônicos, têm uma fraqueza nos fotorreceptores para o verde, assim eles perdem a sensibilidade correspondente aos tons de verde que esta variedade ajuda a distinguir.
            No outro extremo da escala, algumas pessoas têm uma sensibilidade particularmente elevada a cor. Os cientistas chamam essas pessoas de tetrachromats, o que significa "quatro cores". Isso porque eles possuem quatro - em vez de três - fotorreceptores cor. Aves e répteis são tetrachromats, e é isso que lhes permite ver o infravermelho e ultravioleta. Humanos tetrachromats não podem ver além do espectro visível de luz normal, mas por ter um fotorreceptor extra essas pessoas são mais sensíveis à cor na escala entre vermelho e verde, tornando-os mais sensíveis a todas as cores dentro da normalidade humana. Para esses indivíduos, é o resto de nós que somos daltônicos, ou cegos de cor, como quando a maioria de nós não seria capaz de distinguir facilmente o tom exato da grama no verão, para um tetrachromats essa tarefa é fácil.
            Então, sim, talvez eu estou vendo algo que você não pode ver, ou você está vendo algo que não posso ver. Se a visão da cor é moldado de forma diferente, aprendemos a chamar o céu de azul por convenção. Aí entra a discussão da filosofia.

Lugares de morte


            A única certeza que temos na nossa vida, é a nossa morte. Estamos todos conformado com o fato de que a morte vem, e ponto final. Apesar de existirem muitas pessoas que morrem de medo de morrer (com o perdão do trocadilho), o que assombra a maioria das pessoas, é como iremos morrer, algo que é quase sempre (salvo casos de doenças) impossível de se adivinhar.
            Mas, graças à maravilha das estatísticas e pesquisas, podemos olhar para o mundo de uma maneira diferente, apontando que países são hotspots para uma determinada doença, acidente ou incidente. Alguns são provavelmente previsíveis, e já outros vão surpreender. No infográfico foi, inclusive, incluído um marcador quais países é mais provável que você tenha uma morte devido a "velhice", ou seja, irá viver mais tempo.
            Mas, antes de ler o mapa, é importante lembrar que ele não mostra que você qual a maior probabilidade de se morrer em cada país do mundo – assim, o mapa seria dominado pelo câncer, doenças cardíacas e acidentes de carro. Em vez disso, mostra o país com a maior proporção de mortes por milhão de pessoas para um tipo específico de causa acidente, doença ou outro. Assim, por ataques de tubarão, por exemplo, o hotspot mundial é a Austrália. Embora tubarões representam apenas um pequeno número de total de mortes no país por ano, o número, por milhões de cabeças de população, é maior do que em qualquer outro lugar do mundo. Da mesma forma, há mais mortes devido a acidentes de viação na Namíbia, por milhão de pessoas, do que qualquer outro país do mundo. Destaque para a Hungria, que possui o maior numero de mortes por pessoas que caem da cama.


            O Brasil não entrou no infográfico feito pela BBC, mas, segundo a MS/Secretaria de Vigilância em Saúde - Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), o ranking brasileiro de mortes no geral é: Doenças do coração (com uma média de 197031 ocorrências), Neoplasias (com a média de 120493), Doenças cerebrovasculares (84688), Morte sem assistência médica (78662), Sintomas, sinais e achados anormais clínicos e laboratoriais  (54450), Agressões  (45343), Diabetes mellitus (35280), Doenças crônicas das vias aéreas inferiores (33707), Acidentes de transporte (29640), e em décimo lugar, Pneumonia (29345). Vale o destaque para a sexta posição, agressões, e, segundo a tribuna da imprensa, o Brasil lidera ranking do continente em número de homicídios.

Pesquisa realizada pela BBC.

5 de fevereiro de 2013

Amigo animal

A amizade entre os animais parece ser uma amizade mais pura do que a do ser humano. Ela não vê nada, a não ser a própria amizade em si. E as vezes, isso acontece inclusive entre animais de espécies diferentes. Fotos: Reuters