O carismático líder da Venezuela perdeu sua batalha contra o câncer (Reuters).
6 de março de 2013
Um simples teste respiratório pode diagnosticar câncer
Cientistas divulgaram que um simples
teste de respiração rápida pode diagnosticar câncer de estômago. Pesquisadores
de Israel e China descobriram o que o teste foi 90% preciso em detectar e
distinguir cânceres de outras dores comuns do estômago em 130 pacientes.
O British Journal of Cancer diz que
o teste poderá revolucionar e agilizar a forma como este câncer é
diagnosticado. Cerca de 7.000 pessoas do Reino Unido desenvolvem câncer de
estômago a cada ano e a maioria tem um estágio avançado da doença. No Brasil,
esse número é ainda maior. Em 2012, 12.670 casos novos de câncer do estômago
foram detectados.
Dois quintos dos pacientes
sobrevivem por pelo menos um ano, mas apenas 1/5 ainda estão vivos após cinco
anos, apesar do tratamento. Atualmente os médicos diagnosticam câncer de
estômago, a partir de uma biópsia do estômago através de uma sonda e uma câmera
flexível que passa através da boca e da garganta até chegar no órgão. O novo
teste procura por perfis químicos no ar exalado que são exclusivos para
pacientes com esse determinado tipo de câncer.
O câncer parece ter um cheiro especifico
de compostos orgânicos voláteis que podem ser detectados utilizando um kit
técnico direito - e talvez até mesmo os cães, que estudos já comprovaram,
conseguem sentir o cheiro de câncer.
A ciência por trás deste teste em si
não é nova - muitos investigadores têm vindo a trabalhar sobre a possibilidade
de testes de respiração para uma série de tipos de câncer, incluindo o pulmão.
A vida de Hugo Chavéz
Hugo Rafael Chávez Frias nasceu em
28 de julho de 1954, no estado venezuelano de Barinas. Seus pais eram ambos
professores e sua família vivia em relativa pobreza. Frequentou a Escola Daniel
O'Leary na cidade de Barinas, antes de ir para a Academia de Ciências Militares
da Venezuela na capital, Caracas, onde, disse mais tarde, ele encontrou sua
verdadeira vocação. Se formou com honras em 1975, mas já havia começado a
formar as ideias políticas que mais tarde viria a colocar em prática, como
presidente, incluindo a crença de que os militares tinham o dever de intervir
se um governo civil fosse considerado como falho para proteger os mais pobres
na sociedade.
Sem sombras de dúvidas, Hugo Chavéz
foi um líder carismático. Um líder, porém, que dividiu opiniões tanto na
Venezuela quanto ao redor do mundo, entre os que o apoiavam, e os que o
repudiavam com todas as forças. Para
muitos ele era o presidente, cuja reforma derrotou a elite política e
deu esperança para os mais pobres venezuelanos. Suas críticas aos Estados
Unidos fez com que ganhasse muitos amigos os líderes políticos da América
Latina, e ele efetivamente fez uso das reservas de seu país em petróleo para
impulsionar a influência internacional da Venezuela. Mas, para seus adversários
políticos ele era o pior tipo de autocrata, na intenção de construir um Estado
de partido único e impiedosamente reprimir qualquer um que se opunha a ele.
Ele foi para uma das muitas unidades
de contra-insurgência que foram abordando os vários grupos marxistas empenhados
em derrubar a presidência de Carlos Andrés Pérez, mas ele viu muito pouca ação,
gastando seu tempo lendo uma grande quantidade de literatura de esquerda. Em
1981, ele foi designado para lecionar na academia militar onde ele tinha sido
aluno e encontrou-se em uma posição para doutrinar a nova geração de oficiais
do exército com as suas ideias políticas. Seus superiores ficaram alarmados com
a extensão da sua influência e ele foi enviado para o estado Apure, onde,
supunha-se, ele poderia fazer pouco dano.
Ele ocupou-se por fazer contato com
tribos locais na área, algo que influenciaria suas próprias políticas para os
povos indígenas, quando ele finalmente chegou ao poder. Em fevereiro de 1992
ele liderou uma tentativa de derrubar o governo do presidente Perez em meio a
raiva crescendo devido a medidas de austeridade econômicas que levaram a
protestos generalizados. A revolta de membros do Movimento Bolivariano
Revolucionário causaram 18 mortes e deixaram 60 feridos antes Chávez se
entregar.
Ele passou dois anos na prisão antes
de relançar seu partido como o Movimento da Quinta República e fazer a
transição de soldado para político. Com um olho para ampla opinião, ele passou
um tempo angariando um número de líderes políticos da América Latina
encontrando forte apoio e amizade do então presidente de Cuba, Fidel Castro.
Chávez acreditava firmemente em derrubar o governo pela força, mas foi
convencido a mudar de ideia e em vez disso se tornou um candidato nas eleições
presidenciais de 1998.
Ao contrário da maioria de seus
vizinhos, a Venezuela tinha desfrutado de um período contínuo de governo
democrático desde 1958, mas os dois principais partidos, que haviam se
alternavam no poder, foram acusados de presidir um sistema corrupto e esbanjar
a riqueza do país em petróleo. Hugo Chávez então prometeu políticas sociais.
Ele rapidamente ganhou amplo apoio, não apenas dos mais pobres na sociedade
venezuelana, mas também de uma classe média que tinha visto os seus padrões de
vida corroída pela má gestão económica. Foram esses votos de classe média que
foram fundamentais para impulsionar Chávez ao poder com 56% dos votos.
Apesar do discurso revolucionário,
no seu primeiro governo, Chaéz deu a figuras conservadoras a cargos políticos. A
fim de permanecer em contato com o seu povo, ele montou shows semanais no rádio
e na televisão, onde ele explicou suas políticas e os cidadãos eram
incentivados a telefonar e questioná-lo diretamente. Novas eleições foram
realizadas em 2000, que Chávez venceu com 59% dos votos.
No entanto, ele logo enfrentou
oposição tanto do lado de fora e dentro da Venezuela. As relações com
Washington ficaram estremecidas quando ele declarou "combater o terror com
o terror" durante a guerra no Afeganistão após os ataques sobre os EUA em
11 de setembro de 2001. A oposição dentro do país veio de grupos de classe
média que tinham visto o seu poder político corroído por Chávez, o qual o
acusavam de conduzir o país com um partido único.
No início de 2002 todo o país estava
mergulhado em uma greve geral e Chávez foi chutado do cargo em 12 de abril,
após a tentativa de assumir o controle da indústria de petróleo do país. Mas,
apenas dois dias depois, após os seus apoiantes - principalmente os
venezuelanos de baixa renda - tomaram as ruas, ele estava de volta ao palácio
presidencial. As eleições presidenciais de 2006 viu Chávez ganhar 63% dos votos
ao que ele anunciou que suas políticas revolucionárias seriam agora ser
expandidas.
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