22 de fevereiro de 2013

O porque do ódio aos ciclistas


            Todo motorista parece ter calafrios ao escutar falar ou ver um ciclista pedalando pelas ruas. Se não for todos, pelo menos a maioria - experimente uma busca pela palavra "ciclista" no Twitter, e verá. Mas, por que toda essa raiva?
            Dirigir é uma atividade muito moral - há regras de trânsito, tanto legais quanto informais, e há motoristas bons e ruins. O transito todo intrincada da hora do rush só funciona porque as pessoas sabem as regras e as seguem – param em sinal vermelho, dão seta, etc. Em seguida, os ciclistas, inocentemente, que andam pelas estradas, as mesmas dos carros, mas fazem coisas que os motoristas de carros e motos não estão autorizados a fazer. Ultrapassam o sinal vermelho para carros, “costuram” as ruas, não dão sinal, etc.
            Você pode argumentar que a condução é como grande parte da vida social, é um jogo de coordenação onde temos que confiar um no outro para fazer a coisa certa. E como todos os jogos, há um incentivo para trapacear. Se todo mundo está tendo a sua vez, você pode furar a fila. Se todo mundo está pagando os seus impostos, você pode evitá-los, e você ainda vai receber todos os benefícios de estradas e da polícia.
            Na economia e evolução isso é conhecido como o "problema do carona", se você criar um benefício comum - como impostos ou estradas - que é para algumas pessoas, ter o benefício sem pagar suas dívidas. O problema é que essa situação cria um paradoxo para aqueles que estudam a evolução, porque em um mundo de genes egoístas, parece que a cooperação é improvável. Mesmo se um grupo de indivíduos egoístas (ou genes) reconhecer o benefício de se unir para cooperar uns com os outros, uma vez que o bem coletivo foi criado, ele é racional, em certo sentido mas dentro de uma cooperação sempre vão ter as ações que tendem a um trabalho feito por apenas um indivíduo – para a cooperação acontecer cada um precisa fazer a sua parte. Isso faz com que qualquer cooperação esteja propensa a entrar em colapso. Em sociedades pequenas você pode confiar em cooperar com os seus amigos, ou parentes, mas quando uma sociedade cresce o “problema do carona” paira cada vez mais. Afinal, você sabe que faz o seu trabalho, mas e se alguém não fizer? Terá o mesmo benefício que você?
            Então, agora podemos ver porque é que há uma pressão evolutiva empurrando os motoristas para o ódio de ciclistas. Profundamente dentro da psique humana, que foi levada a cooperar com estranhos e assim construir a sociedade global, que é uma característica da nossa espécie, há uma raiva de pessoas que quebram as regras, que levam os benefícios sem contribuir para o custo . E ciclistas desencadear essa raiva quando eles usam as estradas, mas não são obrigados a seguir as mesmas regras que os carros.

21 de fevereiro de 2013

O caminho do diamante

O caminho que um diamante faz ate as lojas já foi retratado em filmes, como Diamante de Sangue, e foi retratado pela Reuters com fotos. Veja:
















Carne de cavalo - aceita?


            Nos últimos dias acompanhamos nos noticiários do mundo inteiro o drama britânico da carne de cavalo misturada à carne bovina. A indignação tomou conta de toda Grã-Bretanha. Mas, sinceramente e friamente, por que o susto e o desespero?
            Não é devido os riscos à saúde, já que especialistas riscaram esse tópico do assunto – alias, diversos países como a Itália possuem carne de cavalo em seu cardápio. O susto aconteceu porque a nação inteira é apaixonada por cavalos. Os britânicos produzem cavalos altamente selecionados, os montam, criam como um animal de estimação. Mas, eles comem coelhos, cordeiros e diversos animais bonitinhos. Não seria uma hipocrisia todo esse desespero somente porque foi descoberto que eles ingeriam carne de cavalo?
            É como se nós descobríssemos que existe carne de cachorro misturada à do gado – apesar de, novamente, essa carne ser apreciada em alguns países. Porém, se analisarmos bem, qual a diferença entre uma vaca, um cavalo, ou até mesmo um cachorro? Nenhuma. Todos são mamíferos iguais, possuem o mesmo potencial de aprendizado e de afeição. E quando alguém come um delicioso hambúrguer, não pensa da onde vem seu alimento, ou se a carne bovina está misturada com a de cavalo, ou – Deus me livre! – com carne de cachorro. Mas o engraçado, é que o mundo está dividido. Alguns, os que acham normal o cavalo no cardápio, se surpreendem com o desespero do povo britânico. Quantos de nós também não os chamamos de hipócritas, sem olharmos para o nosso próprio prato.
            O mundo é dividido entre culturas e costumes, e devemos respeitar todos, isso não é uma questão questionável. Mas, sinceramente, o mundo está cheio de hipocrisia. Aqueles que vivem dentro de casa com a nossa família, ou fazem parte dos nossos passeios de domingo merecem mais o nosso respeito do que aquele que não vemos? Se ponderarmos esse contexto com pessoas, essa ideia soa absurda! Mas, por que com animais vemos isso como se fosse normal, e até – pasme – lógico! Esse assunto levantou muitas questões, mas tudo o que ele não é, é lógico.