Quando
o Facebook anunciou sua muito esperada Pesquisa de Gráfico mais cedo do que se
esperava, no início desta semana, apareceram duas questões: essa ferramenta
realmente irá fazer um monte de dinheiro, e poderia o Facebook bater o Google
no seu próprio jogo?
Se analisarmos a primeira questão, a
resposta do mercado de ações sugeriu cautela beirando a decepção. Para a
segunda pergunta, no entanto, as pessoas olham com otimismo, até porque o
Facebook parece ter inventado um novo jogo: a primeira função de pesquisa
verdadeiramente social.
Como fundador do Facebook, Mark
Zuckerberg, explicou no evento de lançamento, enquanto os motores de busca como
o Google são todos sobre links, a Pesquisa de Gráfico é sobre respostas:
"Pesquisas na Web são projetadas para tirar qualquer dúvida em aberto e
dar-lhe as ligações que possam ter respostas ... A Pesquisa de Gráfico é
projetada para ter uma consulta precisa e lhe dar uma resposta, não lhe dar
links que podem fornecer a resposta ", explicou Zuckerberg (BBC).
Estas respostas, além disso, serão
inteiramente desenhadas a partir do seu "gráfico social" individual
de amigos. Digite uma consulta complexa - "pessoas que eu conheço, que
gostam de de videogame e chocolate quente” - e uma lista de classificáveis
aparece com base em pessoas que "curtiram"- ferramenta do Facebook
- estes temas. Você pode pesquisar onde seus amigos foram, o que fizeram, o que
eles estão interessados, e como eles classificaram todas essas experiências.
O sistema permanece em beta, mas os
anunciantes, recrutadores e marcas já estão salivando para as oportunidades que
a nova ferramenta poderá trazer. Assim também, sem dúvida, são os usuários que
esperam encontrar os amigos de amigos com algo em comum. É uma grande notícia
para as empresas e indivíduos, além de ser uma ferramenta muito importante para
o futuro da internet, e sua integração cada vez mais estreita com a vida
diária.
Antigamente, as pessoas utilizavam
os serviços de busca on-line, assim como a internet, com um anonimato. As
buscas e relações era impessoais, impulsionadas pela medição das tendências
globais e análise agregada de milhões de ações dos usuários. Provavelmente a
maior supervisão na história de empresas como a Google foi a subestimação do
desejo das pessoas para personalizar esta experiência. Utilizar motores de
busca para descobrir resultados precisos foi muito bom, mas uma fome ainda
maior existe pelas informações definidas não pela sua classificação, mas também
de quem aquela informação ele veio. Afinal de contas, as opinioes de alguém que
conhecemos ou admirar (como celebridades) são mais interessantes para a maioria
de nós, a maioria do tempo, do que a de um mero desconhecido.
Como Elise Ackerman fala em sua
análise sobre a Pesquisa de Gráfico para
a revista Forbes, alguns “curtir” valem mais do que os outros. Nem todos os
usuários são criados iguais, e quanto mais o anonimato for substituído pelo
mundo real, este será invadindo pela fama, amigos, status e seguidores, e assim
cada vez mais essa desigualdade se torna uma parte integrada do negócio diário
de vida digital.