Israel e o movimento Hamas, que
governa Gaza acordaram um cessar-fogo para encerrar uma semana de violência em
que cerca de 160 pessoas morreram. A Faixa de Gaza é um território palestino, composto
por uma estreita faixa de terra localizada na costa oriental do Mar
Mediterrâneo, no Oriente Médio, que faz fronteira com o Egito no sudoeste e com
Israel no leste e no norte. O território tem 41 quilômetros de comprimento e
apenas de 6 a 12 quilômetros de largura, com uma área total de 365 quilômetros
quadrados. Se escuta muito sobre conflitos entre israelenses e palestinos nessa
região, mas poucas pessoas realmente entendem o que acontece ali.
Tudo começou em 1897, durante o
primeiro encontro sionista, onde ficou decidido que os judeus retornariam à
Terra Santa, em Jerusalém, de onde foram expulsos no século III d.C..
Imediatamente começou a emigração para a Palestina, nome da região no final do
século XIX. Ali, viviam cerca de 500 mil árabes. Em 1903, 25 mil imigrantes judeus
já viviam em meio à eles. Em 1914 (início da I Guerra Mundial), os judeus já
somavam 60 mil. Em 1948, 600 mil.
Durante a II Guerra Mundial, o fluxo
de imigração judaica para a palestina aumentou drasticamente devido às
perseguições vividas – e assim aumentavam os conflitos. Após a II Guerra
Mundial e o holocausto, a ONU tentou remediar o ocorrido com os judeus, e
propôs a criação de um “estado duplo”. Ou seja, a terra seria dividida em dois
estados; um árabe e um judeu. Nessas solução, Jerusalém ficaria com um “enclave
internacional”. Os árabes não aceitaram a proposta.
No dia 14 de maio de 1948, Israel
declarou independência. Em 1967 Israel derrotou Egito, Síria e Jordânia na
chamada Guerra dos Seis Dias, e conquistou a Cisjordânia, as colinas do Golán e
Jerusalém leste. Em 1973 Egito e Síria voltaram a atacar, no feriado de Yom
Kippur (Dia do Perdão), mas foram derrotados. Em 1987 aconteceu a primeira
Intifada. Milhares de jovens palestinos saíram às ruas protestando contra a
ocupação considerada ilegal pela ONU. Eles atiravam pedras e objetos.
Israelenses atiraram e mataram esses jovens. A segunda Intifada aconteceu em
setembro de 2000, quando o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, caminhou
nas proximidades da mesquita de Al-Aqsa, considerada sagrada pelos mulçumanos –
a mesquita está localizada em uma área também sagrada para os judeus.
Israel permanece nos territórios
ocupados durante a Guerra dos Seis Dias e se nega obedecer a resolução 242 da
ONU, que obriga o país a se retirar dessas regiões.
O Hamas (Movimento de Resistência
Islâmica) é uma organização palestina, de orientação sunita, que inclui uma
entidade filantrópica, um partido político e um braço armado, as Brigadas Izz
ad-Din al-Qassam. É o mais importante movimento fundamentalista islâmico
palestino. Em janeiro de 2006, o Hamas venceu as eleições parlamentares na
Palestina, ganhando 76 dos 132 assentos no Parlamento Palestino, contra o Fatah
- Fatah ou Al-Fatah (Movimento de Libertação Nacional da Palestina), é uma
organização política e militar, fundada em 1964 pelo engenheiro Yasser Arafat e
Khalil al-Wazir (Abu Jihad), e outros membros da diáspora palestina, como Salah
Khalaf e Khaled Yashruti. É a maior facção da Organização para a Libertação da
Palestina (OLP), uma confederação multipartidária. Pode ser definido como um
partido de centro-esquerda no contexto da política palestina. É essencialmente
nacionalista. O partido é menos radical que o Hamas e atualmente prega a
reconciliação entre palestinos e israelenses. Esta é uma das principais razões
de sua aceitação internacional.
Após confrontos com tropas
israelenses, em 11 de junho de 2007, o Hamas toma o controle da cidade de Beit
Hanoun, no norte da Faixa de Gaza. Em 13 de junho, o Hamas já tem o controle de
toda região norte da Faixa de Gaza. Depois da Batalha de Gaza de 2007, o Hamas
perdeu suas posições na Autoridade Palestina na Cisjordânia, sendo substituído
por integrantes do Fatah e independentes.
Os conflitos entre esses povos, como
se pode notar vem de longa data, e nada mais é do que uma briga por território.